segunda-feira, 28 de abril de 2008
cliché nº1
exacto, montanhas verdes cheias de neve como na melhor paisagem da Heidi - para além de que no aeroporto aceitaram os Euros sem problemas - o que produz a Suiça? Dinheiro...
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
robin dudarella
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Invisual #27 || RÁDIO ZERO
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Produzido por Marcos Farrajota, o 27º programa retoma o ciclo de entrevistas a sócios da Associação Chili Com Carne. O quinto convidado será JCoelho, autor de bd e ilustrador, que tem desenhado a série Psycho Whip, com argumento de unDJ GoldenShower, para a revista Elegy Ibérica.
Playlist: Brian Reitzell, Red Hot Chili Peppers e Flaming Lips - estas duas últimas, escolhas do convidado.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.
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Imagem retirada da bd NM3, publicada no Mesinha de Cabeceira Popular #200
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Statik Sodré
Pouco ou nada, a não ser no Mercado da Ribeira se situar uma loja de livros - daquelas do tipo "mercado do livro"- que por acaso também vende CD's e vinil. Claro que os discos também reflectem a condição dos livros, ou seja, o que não se vendeu ou o que falhou no mercado está lá. De acrescentar a atitude "Moviflor" da loja, que à entrada do Mercado (a loja fica no primeiro andar) têm sempre um cartaz a anunciar "saldos até dia dd/mm".
Entre montes de trampa Pop nojenta, pode-se encontrar algumas coisas interessantes depois de sujar muito os dedos. Curiosamente quase todas as aquisições feitas tinham a chancela Statik - excepção para Carlos Santos e Chico Paraíso.
Ah! Antes de avançar, factor importante: os LP's custam 1€ e os singles 0,5€, e estão em excelente estado!!! E começo pelo melhor, New Race e o LP The First and the Last (1983*) que reúne (e foi isso que motivou a compra) membros dos MC5 (Dennis Thompson - bateria), Ron Asheton (Stooges - guitarra) e três membros dos australianos Radiobirdman. Um grupo que apenas andou em digressão pela Austrália em 1981 acabando apenas por gravar este álbum ao vivo - não contando com os bootlegs dessa digressão - e onde se sente que as características míticas das três bandas a que os músicos perteceram. É uma amálgama roqueira convicente, com o "power" da experiência dos nomes envolvidos fazendo do disco um bom disco de Rock, não de referência mas bom.
*as edições indicam que tiveram edição portuguesa pela MVM, o que significa que as datas impressas nas capas dos discos possam ser da edição portuguesa ou europeia, por exemplo, neste disco a edição original norte-americana (com outra capa) data de 1982. É de adivinhar que a MVM devia ter um armazém cheio disto?
Soul Force (1982) dos The Dance é puro vintage New Wave/Post Punk/No Wave [riscar a denominação que não conhecer]. Capa a lembrar uma tela serigrafada do Andy Warhol, voz e som chupado aos B-52's e Blondie que até em algumas faixas até podiam ser músicas desconhecidas dos citados. Aliás, a careira da banda situa-se entre 1979 e 1983 para quem achar que estou a ser mauzinho.
Este é o segundo álbum da banda onde se destaca uma interessante versão de Stevie Wonder, Do Yourself A Favor, no meio de outros temas Pop dos anos 80 que infelizmente nunca passam nas festas dos anos 80 - mesmo com a recente reedição deste disco em CD e de alguns temas nas famosas compilações da Soul Jazz, é isso mesmo meus caros ciber-leitores: Cool NY soundz!
E como bons americanos que são, eis o que apanhei sobre a vocalista: «Eugenie left her musical career behind to birth a baby. She moved in with her parents, and in the early 90's launched an astrology website. As this was the beginning of the dot-com boom, she quickly became a millionaire and now, as far as I can tell, is living comfortably.» O mundo Pop é uma beleza...
Os singles, dois e comprei-os pelas capas ilustradas: um deles é fixe, é o dos Dynamic Hepnotics é Hepnobeat (1981), um Exotica-Pop-Fake-Mambo de engraçadinhos habituados a conviverem com cangurus, a capa é de um tal Dirf Reeze a lembrar algum imaginário Juciferiano (hehehe); o outro é assim-assim, do ex-punk gay Tom Robison, Now Martin's Gone (Panik / Statik; 1982) é synth-pop a lembrar New Order ou os O.M.D., a capa é de Martin Lambert - num estilo europeu continental, quase a roçar à "linha clara" mas surreal - raios, vejam a capa mais abaixo e digam se não dá logo vontade de levar tão belo 7"?
Investigações na 'net sobre estes ilustradores deram em nada, o que é uma pena...
Na próxima visita à loja vai ser para pilhar LP's de Heavy Metal manhoso (anos 80) da editora belga Mausoleum que também por lá anda ao pontapé... pelo menos as capas de aerógrafo e as fotografias das bandas em spandex vermelho, tudo mucho white trash prometem pelo menos, sim pelo menos, uma grande risota!
Desejem-me sorte!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Invisual #26 || RÁDIO ZERO
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Produzido por Marcos Farrajota, o 26º programa irá incidir sobre algumas novidades editoriais e algumas pérolas musicais ligadas à bd/ilustração como Hhy Scumclash (música da colectânea Dystopic Futures, CD suplemento do zine Acto #8), Mão Morta (e o recente Maldoror), a banda sonora da adaptação para cinema do livro de bd 30 Dias de noite (imagem) de Steve Niles & Ben Templesmith - a autoria da banda sonora é de Brian Reitzell - e Nerve.
Voltamos ao ciclo de músicas dedicadas ao sub-anormal do Super-Homem, repetindo os Flaming Lips com Waitin' for a Superman do álbum The Soft Bulletin (Warner; 1999) porque da outra vez correu mal.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Out of Africa
Tudo isto por causa de compra do disco de Carlos Santos / Chico Paraíso: Êchigá hora zá! (Já chegou a hora!) / Bom dia primo (Gilberto Gil Umbelina; 1990) que foi me impossível encontrar qualquer tipo de informação: capa nem vê-la (tive de tirar esta manhosa fotografia do meu telemóvel), editora zero e dos músicos nickes! No máximo consegui saber que o editor é Gilberto Gil Umbelina, «um dos cantores mais populares de São Tomé e Príncipe, radicado há 30 anos na Europa, que já realizou diversos concertos em Portugal» e que o «cantor (...) anunciou (...) a sua candidatura às eleições regionais na ilha do Príncipe (...)». O disco mete dois músicos de S. Tomé e Príncipe a gravarem temas para um LP - não é um split-LP porque os músicos têm músicas em ambos lados: cada lado tem 4 faixas, num Chico grava a primeira e a quarta e Carlos grava a segunda e a terça, do outro lado é ao contrário... Creio que cantam algumas canções em fôrro (uma língua) e são músicas de «charme e de intervenção» sobre a degradação arquitectónica e ecológica das ilhas, num típico rodopiar de dança contagiante para quem gosta de "roça-roça" das quentes noites do extinto B.Leza. De certa forma, o disco é um standard de música africana popular moderna do século XX, nem é bom nem é mau, roça-se!
Nada que se compare com os Osibisa e o seu quarto álbum Happy Children (Warner; 1973) que tirando a lengalenga do tema homónimo que abre o disco é uma descarga de Afrobeat e Highlife, géneros que têm sido redescobertos pelas antologias Ghana Soundz (aliás, os membros da banda eram do Gana mas residentes em Londres) e já agora com o filme O último Rei da Escócia - embora o filme seja sobre o Uganda tinha como banda sonora algumas faixas do Ghana Soundz. É um disco de sons em colisão "black vs white" que se distancia dos sons africanos embalsamados do colonialismo cinzento português. Aqui há brutalidade anglo-saxónica – ou será só pela idade dos elementos da banda? - transformada em energia Funk, precursões ricas de instrumentos (atumpan, fontomfrom, atsigo, ketekle, sinos gatingo e xilofone), virtuosismo jazzístico mostrando mais uma vez que foi na década de 70 que se inventou toda a música que ainda hoje ouvimos. Chamada de atenção prá capa e contra-capa é do melhor que há, apesar do scan sacado na 'net não lhe fazer justiça... é psicadélica q.b. com elementos de imaginário do continente africano como por exemplo um elefante com orelhas transformadas em asas de borboletas bastante coloridas, aliás, foi pelo facto de ter percebido da existência desta banda e pela capa que raptei o disco da loja Prog PT (ali prós lados do Carmo), pagando o respectivo resgate, claro.
Por fim, uma cena dos diabos, ou melhor, do Voodoo: Spirits of Life : Haitian Vodou (Souljazz / Sabotage; 2005), um registo com um selo de qualidade chamado Souljazz, a editora londrina que têm recuperado tudo o que é som "black vintage": funk, dub, ska, reggae, hip hop, dancehall, etc... Desta vez adensaram-se nas raízes do som negro captando com excelência para a rodela de CD a música das sessões de voodoo. Acompanhado por um livrinho de 28 páginas a cores com fotografias e um texto explicativo sobre o Voodoo, numa das melhores embalagens da Souljazz (considerando que todas elas são de qualidade) e com uma capa misteriosa e poderosa - claro que este deve ser o post mais amaldiçoado de sempre a julgar pelas imagens que editei, enfim...
Quanto à música, bem... ehm, batucada non-stop (novamente a captação de som está excelente), vozes masculinas de ordem e coros femininos, sem propriamente impressionar qualquer ouvinte amador de música étnica - um especialista dirá que é muito diferente por isto ou por aquilo. Delírio com esta música será possível mas não será só com o CD e uma boa aparelhagem, deve ser aconselhável beber uma garrafita de Rum e fumar uns cigarros ou outras substâncias psico-activas, e fingir que não estamos em Portukkkal.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Invisual #25 || RÁDIO ZERO
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Produzido por Marcos Farrajota, o 25º programa continua um ciclo de entrevistas a sócios da Associação Chili Com Carne. O quarto convidado será Ricardo Martins, que para além de ser baterista dos Lobster, Adorno e Living Dead Orchestra ainda tem tempo para estudar ilustração.
Playlist: Mécanosphère (música da colectânea Dystopic Futures, CD suplemento do zine Acto #8), Grabba Grabba Tape, Coconot, Tiago Guillul - estas três últimas, escolhas do convidado.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Invisual #24 || RÁDIO ZERO
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Produzido por Marcos Farrajota, o 24º programa continua um ciclo de entrevistas a sócios da Associação Chili Com Carne. A terceira convidada será Rita Braga, que faz música, bd e ilustração, e que trará uma série de histórias bizarras dos autores de bd dos Balcãs.
Playlist: Jorge Ferraz, música na cozinha de Zograf, Tehno Muda, Sasha Mihajlovitch - estas últimas, escolhas da convidada.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.
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Imagem de Wostok