O Punk sofre nas mãos da academia sempre que esta se lembra dele. Se não são livros com gráficos como vimos acontecer em Portugal recentemente e com prosa poética vinda do Rio de Janeiro. Pouco se aprende aqui, usam-se os nomes de sempre (Barthes, Baudrillard, Deleuze, Foucault, Freud, Guattari, Lyotard) para justificar o romance que a autora teve a dada altura com a comunidade Punk e os Coquetel Molotov, entre 1983 e 1984, sem que se perceba o que a autora quer explicar ou o que é esse "movimento" ou "anti-movimento". Intelectualismo bacoco e vazio, em que talvez na falta de informação na altura, mistura-se conceitos e géneros de música que ainda não tinham rótulos - considerar "positive" o som dos Bauhaus parece-me uma piada tanto em 2018 como em 1989, enfim...
Interessante que pelo menos a autora apanhou a ligação ao Hardcore finlandês e em especial a Läjä dos Terveet Kädet. Há que fale que o Punk brasileiro veio de classes menos privilegeadas (ao contrário em Portugal que eram só meninos do papá) mas neste livro não dá entender isso, a não ser que, no Brasil, "subúrbio" signifique directamente "pobreza", o que não estarei certo de tal. Por falar em dinheiro, obrigado às BLX por não me terem feito gastar guito nesta perca de tempo.
segunda-feira, 26 de março de 2018
terça-feira, 20 de março de 2018
Interpretação de sonhos
Quando acordei, a C. disse-me que tinha sonhado que vocês tinham tido um filho, sendo que a J. estava já grávida do segundo...
Como tal, a C. deslocou-se a Lisboa para vos oferecer um livro de tiras humorísticas sobre jovens casais e os seus problemas ao cuidar de crianças recém-nascidas [vulgo, o Baby Blues ou lá o que é]. Quando o Marcos recebeu os livros, ficou extremamente irado e expulsou-a de casa. No entanto, convém frisar que o Marcos, quando ficou irado, tornou-se numa mistura entre ele e o Marco da Garagem.
Como tal, a C. deslocou-se a Lisboa para vos oferecer um livro de tiras humorísticas sobre jovens casais e os seus problemas ao cuidar de crianças recém-nascidas [vulgo, o Baby Blues ou lá o que é]. Quando o Marcos recebeu os livros, ficou extremamente irado e expulsou-a de casa. No entanto, convém frisar que o Marcos, quando ficou irado, tornou-se numa mistura entre ele e o Marco da Garagem.
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André Coelho,
Marcos Farrajota
segunda-feira, 12 de março de 2018
Simétrico
Merda, enganei-me na capa do disco, não faço nem o que é uma "deluxe edition" de St Elsewhere (Warner; 2006) dos Gnarls Barkley... Parece que foi ontem que os ouvi pela primeira vez mas não, já lá foram uns bons anos e venderam milhares de discos ao ponto de em 2018 poder-se comprar um exemplar a 3 paus! Quem é que não gosta do lixo do Capitalismo?
Dupla composta por Cee-Lo Green (voz falsete) e Dangermouse (produção - o gajo do Grey Album) fizeram o álbum Pop mais descomplexado e sofisticado daquele ano ou se calhar daquela década. Lembra os Outkast por ultrapassarem o Hip Hop para uma miscelânea Pop como se fosse uma Motown do séc. XXI. As técnicas Hip Hop estão lá, os ritmos, samplagem, algum Rap, linhas de baixo e sintetizadores mas também há Soul negra, Folk branquelo e ainda Jazz e Rock de razia, quer dizer, tudo vale mas com esta lógica hip hop: um gajo canta e outro cuida da música, não é preciso muito mais, há tecnologia para tal. E é para ser orelhudo e dançavel, micro-dramático e macro-humorístico. Ninguém acredita nestas letras mas naqueles três minutos tudo é mágico - até menos do que isso, há canções com um minuto e meio. Crazy foi o grande single de 2006. Daquela década, melhor que esse tema só mesmo o Crazy in Love da Beyoncé e Toxic da Britney Spears, ambos de 2003. Tudo o resto é merda.
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