PortuKKKAl é um erro

Uma recente incursão ao Porto, levou-me a comprar na Emaús uma série de discos de música (luso)africana. Comprei todo alegre álbuns no glorioso formato vinilico, o chato - uma vez que sou um idiotita que gosta de escrever sobre todos os discos que vou adquirindo - foi encontrar as capas e informações sobre os discos ou os artistas africanos... Qual Google qual quê, são agulhas no palheiro encontra seja o que for de discos africanos (anteriores dos anos 90?) que mostra que a discografia africana ainda se está para fazer... mas se a portuguesa também não está feita...


Celina Pereira com Força di cretcheu (Dacapo; 1986?) lembra Cesária Évora (até porque tambem é de Cabo Verde) de tão agradável e bonitinho, que acaba por irritar passado um bocado. A produção é demasiada sofisticada e dada altura roça-roça a orquestração à easy-listening... Tive de tirar uma fotografia ao disco como já perceberam...
Ruy Mingas com Monangambé e outras canções angolanas (Sassetti / Diapasão; ?) é calminho e ouve-se bem. A capa é de um tal Victor Mesquita - será o autor da bd Eternus 9? Mais um mistério luso-africano. Esta versão a preto e branco da capa é de uma reedição em CD (Strauss, 1994) que não faz justiça à versão a cores (e em vinil).



Do Bonga man comprei três álbuns: o seminal e muito respeitado Angola'72 (Vidisco; 1988) com uma capa foleira que não encontro na 'net mas que não é da edição original...; pensava que tinha o Kualuka Kuetu (Le Chant du Monde / Vidisco; 1985) mas dentro da capa/embalagem afinal vinha o Sentimento? Caos! Não se percebe porque está escrito Kualuka Kuetu (um álbum de 1983) quando o LP é Sentimento... Pior que africano só mesmo português mas também não gostei muito deste disco. Por fim Massemba (Vidisco; 1987) que é porreiro, tem uma bela capa de Eleutério Sanches (?).

Felizmente, o que nos vale é que a Aldeia Global está resolver os problemas de registo de música africana contemporânea como esta pérola "para-anormal" que vos deixo: