quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Byron Coley e Branden Joseph: Hungry for Death: Destroy All Monsters (Boston University Art Gallery; 2011)

Os Destroy All Monsters são daquelas bandas que aparecem em mil referências mas nunca se liga a elas, não sei porquê, é como os Pere Ubu (que são da mesma altura) ou os Metal Urbain, mesmo sabendo que são obrigatórias e sem elas não existiriam os grandes Big Black, Sonic Youth, Pixies, etc...
Foi por mero acaso que cai neste livro com CD, que é um catálogo de uma exposição dedicada à banda que tem uma formação complexa quase de colectivo aberto ou mutante como os Amon Düül, Scritti Politti ou dUASsEMIcOCHEIASiNVERTIDAS com todas devidas distâncias. Pelo que se percebe do livro mais o CD com 30 anos de gravações a banda era mais virada para um esquema de Arte do que um circuito roqueiro, embora o tenha frequentado. Vê-se pelas imagens que dilapidam o lixo Pop à sua volta, muitas das imagens eram produções para um fanzine homónimo. As gravações durante anos foram limitadas a poucos registos oficiais e quase tudo que foi editado é posterior à existência da banda ou às suas segundas e terceiras vidas (já vista como uma referência musical). A postura era experimental no espírito dos Velvet Underground embora nos registos oficiais se oiça mais Punk Rock (com membros de Stooges e MC5 a passaram por aqui) do que neste CD que mete o dedo na ferida do Drone, pedaços áudio e experimentalismo Rock brutinho, sobretudo ao vivo, onde pelos vistos a performance seria mais importante que a música. Enfim, tudo para descobrir! Foram avisados ! (Se calhar já alguém vos tinha indicado os DAM mas não ligaram, né?)

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