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Se a referência "weird americana" diz algo, parabéns! Que o rótulo bacoco sirva para atrair os fanáticos. Para os cépticos e ignorantes ponho a minha mão no fogo que não sairão indiferentes - já ando com um isqueiro no bolso, basta um dia comentarem, meus caros leitores, que (ou)viram Mudo e não gostaram que eu acendo a minha mão, juro! Certo...
Que a atitude Lo-Fi diletante seja aqui referida, bem como a voluptuosidade Free e virtuosismo técnico que num terreno pantanoso da música "intimista" facilmente poderia cair num pirosismo desagradável (de piroso a reparar é só a segunda parte do nome do projecto) ou num pretensiosismo rural como geralmente acontece por cá. Três elementos trocam de instrumentos - embora a Joana _____ mantem-se no orgão, o "Mudo" mais na guitarra e voz principal - e cantam (e gritam e fazem outros barulhos vocais) enquanto namoram o Blues, o Indie Rock, a Soul, o Jazz (que horror, tudo menos isso!) mas sem nunca se comprometerem-se demasiado. Não dão ar de virtuosos e até a música sabe a algo de simples e ligeiro mas como sabemos essa é marca de algo de bom: parece simples mas geralmente há uma complexidade escondida. Não é música para adormecer como acontece com a "música de almas sensíveis" - um dos momentos mais fortes foi uma música apenas com uma bateria (Punk? Hardcore?) e duas vozes. Freak? Ma non troppo!
As bandinhas boringland e os Dead Combo não merecem a atenção que tem por aí. O que ouvi hoje está a milhas de distância em originalidade, prazer acústico e sentimento. Obrigado!
Flyer do concerto realizado pelo camarada Escroque. Já pedi ao Marte para fazer uma tira de bd, vamos ver se ele se mexe!
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