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O Nunsky, cujos dados biográficos não são significativos ou divulgados, foi um cometa na enfadonha bd portuguesa. Participou em vários números do MdC quando este ainda era um zine em fotocópias, sempre com bd's de temática Punk'n'Roll mas com um significativo virtuosismo gráfico ímpar. No "número 13", as influências de Charles Burns ou de Love & Rockets poderão ser óbvias, é certo, no entanto nunca foi feito um trabalho deste tipo, uma catarse de amor psycho-punk-goth, regada de referências de Série B. Uma estória de uma banda obscura cujo vocalista sofre de alcoolismo e obsessão psico-patológica por um amor impossível. Os ambientes de concertos suados, violentos e brutais, bem como da vida urbana são minuciosamente gritados acompanhados por uma bateria narrativa perfeita.
No meio da bd portuguesa, esta bd/edição foi perfeitamente ignorada pelos pretensos divulgadores e críticos. As únicas reacções (e muito positivas) vieram da imprensa musical: «fanzine de intenso punk meio gótico, revela uma coesão gráfica e narrativa acima do que nos habituámos a encontrar nestas publicações» in Blitz «com problemas psíquicos (Alien Sex Fiend). Altamente recomendável» in Underworld / Entulho Informativo.
Dez anos depois, ainda hoje em Portugal ninguém faz 39 páginas de bd mesmo como catarse.
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