Discos em vinil com bonecada! O que um gajo poderá querer mais na vida? Com estes belos objectos podem cair bombas e o caraças que não termos problemas excepto se acabarem com a electricidade e não podermos ouvir as rodelas... mas mesmo isso é relativo porque sempre podemos ficar a olhar para os desenhos...
Grabba Grabba Tape e Margarita têm um split-maxi Tirando bombitas! (Holy Cobra Society; 2007) em vinil transparente e capa em serigrafia. O desenho é feito pelo Lolo dos Grabba que ainda à pouco tempo tive o prazer de o conhecer na feitura do zine Bad Records are bad records editado pelo novíssimo colectivo gráfico-zinista Hülülülü. A música é "Star Wars Punk" no caso dos Grabba sempre com humor como só o título de música Anorexic & Obelix revela... Os Margarida são mais vulgares em Rock meio Grunge meio Noisy mas não só não chateiam como até sente-se uma certa boa dose de energia.
Os Hitler's Clones já foram referidos aqui mas nunca mostrei imagem da capa em Kline desta banda constituída por grandes músicos-políticos como Martin Luther Queen, Nelson Manguera e Malcom XXL. Edição limitada de 99 cópias em três modelos diferentes, consegui este que inclui ainda uma cotonete. Creio mesmo que todos os Discos de Mierda incluiem sempre uma cotonete para limpar os ouvidos depois de ouvir a merda de discos que editam. Discutível...
The Skin Graft Stupid war : comic book one chama-se na realidade Sides 1-4 (Skin Graft + Gasoline Boost; 1995) porque a minha cópia lixada não tinha capa e bem andei à procura na 'net que não encontrava nada. Bem, são dois singles 7", o que dá quatro lados de vinil para gravar quatro bandas para cada lado... Assim temos Shellac, Big'N, Brise-Glace e U.S. Maple a versionarem AC/DC, alguns de forma mais óbvia como os Big'N (e o tema TNT) e outras menos como Brise-Glace (projecto de Jim O'Rourke) que em Angus Dei Aus Licht junta vários riffs de guitarra do guitarrista-vestido-de-rapazinho-de-colégio-de-bifes, Angus Young. A Skin Graft é «uma editora de bd que edita discos» dizem agora os seus fundadores. Eram uns punks do subúrbio que começaram por editar zines de bd desbundada e acabaram por pouco a pouco a incluir música nas suas produções - todos os discos que lançam incluiem sempre bd estúpida. Na minha opinião, a Skin Graft sobresai mais pela música que editam do que a bd (bonecada gira mas histórias impossíveis de ler) porque estão ainda naquela veia do Rock poderoso que acabou nos anos 90 com o vampirismo do Grunge e da "música alternativa". Esta editora cheira tanto às míticas SST, Blast First, Sub Pop (primórdios) ou Alternative Tentacles que até parece irreal - bem, talvez a Skin Graft também já seja mítica e eu não a conhecia... Redenção rápida: já me converti! E sempre que tiver oportunidade de encontrar algum single ou álbum desta editora, conhecendo ou não a banda, de certeza que esse disco virá pra casa!
Por fim, autor da capa bem esgalhada, o sueco Kolbeinn Karlsson envio-me este o single Postkontoret (Temporarily morons; 2006) - onde o seu irmão participa... O tema Oflyt parece Kraftwerk com "face-lifting" de Röyksopp já Röta nem sei bem o que pensar, começa com umas batidas marciais e de repente aparecem uns teclados quase que New Age... Não é assustador nem disfuncional mas nunca poderá ser utilizada como "lounge music", seja como julguem por vocês mesmo no myspace do projecto. Acho que vou ficar com o disco pelos desenhos de Kolbeinn e porque mudando as rotações do disco para 33rpm fica mais fixe, Oflyt parece Techno minimal e Röta... Estranho! Röta só ficou mais rápido mesmo... muito estranho!
Está à venda na exposição "åbroïderij! HA! – International Graphic Arts Exhibition" (patente na Bedeteca de Lisboa até 15 de Setembro) vários zines de Kolbeinn e ainda um exemplar deste disco, é de aproveitar!
sábado, 19 de julho de 2008
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