Nat "King" Cole : Cole Español (Capitol / Valetim de Carvalho; 1958?)
Café Créme : Unlimited Citations (Pathé / Valetim de Carvalho; 1977)
A música Pop sempre foi muito plástica... e isto é uma forma simpática para não dizer que a música é uma grande puta. E estes dois singles provam isso. Por um lado o Rei do Jazz Cole versiona quatro temas para castelhano, numa óbvia tentiva de conquistar mercados não-anglofonos - e ao que parece a manobra rendeu-lhe popularidade. As orquestrações são "latin-flavour" e o senhor canta fonéticamente provavelmente sem saber o que está a dizer. O acento "bife" de quem não domina a língua sobre o tom galã torna a coisa idiota e divertida q.b. Mais tarde nos anos setenta aconselho ouvirem também os ABBA em castelhano (La Reina Dansante) ou o David Bowie em italiano (o Space Oddity transforma-se em Ragazzo Solo, Ragazza Sola acreditem ou não!). Pero lo peor, tio!, es escuchar los Beattles en sonido Disco por un grupo de canadenses (o holandeses, no ay entendido en la Internet) que hacen um meddley de 10 minutos de puta madre. Coño! Café Creme hay sido un grupito de estudio solo para hacer diñero dos Fab Four (ler com sotaque espanhol qualquer estrangeirismo, sff) y de la fiebre Disco en los años 70. Conseguen la proeza de juntar las letras de los de Manchester en situaciones tan obvias como acabar Come Back para cambiar a Back to USSR. Que cabrones! Pero divertido, claro! En los creditos la grabadora se llama Bimbo... muy bien!
PS - as capas são sacadas algures da 'net - via google image - e são de edições de outras nacionalidades...
PPS - comprei estas coisas em Fevereiro do ano passado no Porto... mas só agora reparei na capa do Cole que parece uma montagem fotográfica. No disco falam na gravação em Havana mas os "indígenas" parecem da Bolívia, Peru ou algo assim, não?
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