Factor Activo : em directo do fim do mundo (Loop Recordings; 2004)
Malhavoc : The Release (Epidemic / Metalblade / Devotion; 1992)
O que liga isto tudo? Akon incluido (ver vídeo abaixo). Pouca coisa ou quase nada... Na mesma semana que oiço o Akon - uma experiência inacreditável sobretudo quando não se pode fugir - vieram-me parar às mãos dois CD's que também usam efeitos nas vozes mas com muito menos razões de vergonha que o Akon. Talvez em comum haja este ponto, todos eles são esquecidos da História (pelo menos espero que Akon venha a ser esquecido).
Malhavoc : The Release (Epidemic / Metalblade / Devotion; 1992)
O que liga isto tudo? Akon incluido (ver vídeo abaixo). Pouca coisa ou quase nada... Na mesma semana que oiço o Akon - uma experiência inacreditável sobretudo quando não se pode fugir - vieram-me parar às mãos dois CD's que também usam efeitos nas vozes mas com muito menos razões de vergonha que o Akon. Talvez em comum haja este ponto, todos eles são esquecidos da História (pelo menos espero que Akon venha a ser esquecido).
O primeiro caso é dos poucos casos em que o Hip Hop português deveria ter orgulho tal é a qualidade instrumental da banda que usa a Electrónica para fazer Hip Hop quente e texturado, ao contrário da falta de originalidade instrumental portuguesa (excepção para os MatoZoo, Nerve e pouco mais). Vindos da Covilhã é natural que tenham sido injustamente reconhecidos por mais que o Rui Miguel Abreu (editor da extinta Loop e jornalista) deva ter mexido os cordeis da sua influência na imprensa (há boas críticas em jornais e sites ao disco). As letras falam da vida no interior do país, seja lá o que isso quer dizer nos dias de hoje, e ainda tem o cliché "do interior" de um rap em francês (sigam este pensamento: interior -> emigração -> França) mas todo o disco tem "more than meets the eye". Vale a pena investigar mesmo que a banda parece ter desaparecido depois de gravar o primeiro álbum passado 14 anos de existência. Dizia noutro dia ao Dr. Fom Fom que em Portugal não há o famoso "difícil segundo álbum" como nos países civilizados, cá é mesmo o "díficil primeiro álbum" que geralmente gera no final da banda e pouco mais.
Os Malhavoc (que soa muito foneticamente em português: "malha-voc") tal como várias bandas do Canadá (NoMeansNo, Voivod, Skinny Puppy, por exemplo) é estranha, como explicar melhor? Há qualquer coisa nas bandas canadianas que soa sempre a bizarro, ao mesmo tempo que são tão funcionais como o seus vizinhos dos EUA mas sempre com algo de errático no "programa", geralmente orelhuda mas sem ser linear. No caso dos Malhavoc sendo seminal no Metal Industrial, ao lado dos Ministry e Godflesh, mistura guitarras Trash/ Death com ritmos electrónicos e Hip Hop com vocalizações distorcidas e samples de mass-media, talvez nada de novo e nada que valha mistificar numa resenha crítica. Pode ser algo pessoal (não necessáriamente nostálgico) ou pelo facto desta versão em CD incluir dois álbuns da banda The Release e Punishments em que há temas que se repetem com misturas que confundem a memória. De resto, o projecto acabou por ir perdendo membros e presença dos meados aos finais dos anos 90, investindo cada vez mais em Electrónica. No myspace - gerido pelo fundador e vocalista da banda, James Cavalluzzo (cavalo luso?) - dá para ouvir uma excelente versão de Human Fly (dos Cramps).
Boa sorte para quem for ver isto:
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