sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Azeite de 70


Electric Light Orchestra : On the Third Day (Jet; 1973 - Warner; 1978)
Jan Hammer ‎: The First Seven Days (Nemperor; 1975)

A malta em 70s tripava bem, assim cheio de berlicoques e não como hoje que entra tudo em transe como máquinas apenas pelo excesso de medicamentos e de volumes de som. Tudo era mais calmo e à espera da reforma agrária... os ELO eram uma banda de Rock que se deve meter nos sacos do Prog ou do Art, tanto faz, é Rock convencional com ligaduras leprosas vindas de uma secção de cordas e um orgão circunsisado que lhe confere excertos e fusões com "música clássica". Tem alguma piada mas é uma coisa mole e balofa que podia ser comparada a Mahavishnu Orchestra mas estes últimos são músicos virtuosos que sabem tocar e que pelo menos no primeiro álbum estão cheios de tesão. Os ELO são gajos do Rock armados em intelectuais que não convencem tanto como isso, tanto que a carreira deles irá descambar para o Pop mais ordinário nos anos 80. Ao terceiro dia o Deus judaíco criou o quê? Os mares e continentes? Os ELO deviam ter esperado pelo sexto que foi quando "Ele" criou os homens...
E aparece o Jan Hammer também armado em homenageador da "Criação"... Sem querer depois descobri que este gajo esteve nos Mahavishnu Orchestra e também é conhecido pelos temas daquela xungaria de série de TV Miami Vice... É quase divino todas estas ligações né? Comprei estes discos na livraria Artes & Letras vindos da colecção do dono do estabelecimento comercial, em óptimo estado. A curiosidade era alguma e admito que este disco de Hammer até se ouve porque está cheio de sintetizadores a imaginarem o Universo, ou melhor, a ilustrarem a parvoíce do Genesis.  Raramente há ritmos no disco excepto umas congas quando se chega ao 5º dia que foi, para quem não se lembra (sem lugar para qualquer remorso religioso), o dia que "Ele" criou os animais. Na contra-capa do disco, Hammer gaba-se de não ter guitarras gravadas no disco. Há quem considere este disco pioneiro de Acid Jazz, não sei bem como ou porquê, por mim está nos "cosmos de câmara" com uma estrutura mental do Prog Rock, o que deve fazer molhar gente como o Ghuna X, Judeus e Cristãos drogados dos anos 70. É nice!

Sem comentários: