É incrível o que os suecos fazem para nos agradar! Ninguém sabe porque o fazem, talvez porque ninguém lhes liga peva mas a verdade é que este país desenvolveu os ABBA, a pornografia popular, os Europe, móveis simpáticos prá malta, Ace of Base, uma sociedade quase igualitária,
Dr. Alban, Roxette,
o som de Gotemburgo (ou Death Metal melódico), The Hives, a editora Cold Meat Industry (pffff), I'm From Barcelona,
Melanie is Demented (um génio Pop este puto!) e os Cardigans. Este últimos até fizeram uma das melhores versões de
Sabbath Bloody Sabbath e não é de admirar que nesta linhagem tenham aparecido os
Ghost, banda mariquinhas de Metal que conquistou o mundo inteiro de um dia para o outro, fazendo já "escola" - ou se preferirem, bandas a quererem explorar o filão aberto, como os "nossos"
A Tree of Signs.
Ouvir
Opus Eponymous (Rise Above; 2010) é um miminho que saca com muito bom gosto e pica o que se fez nos anos 70 no Hard Rock e Heavy Psych bem como nas
bandas sonoras de filmes italianos de Terror (Goblin) mas com um sentido Pop extremamente apurado que se deve aos Beatles, ou será antes ao Pop sueco? É neste ambiente que vão desfilando temas satânicos e negros - como o da nossa querida
Erzsébet Bathory - tornando-os em docinhos e de tão orelhudos que até qualquer mãe poderá gostar de os ouvir. Sem sabermos estamos a cantarolar que venha praí o Grande Bode e/ou o Anti-Cristo enquanto se aspira a casa, que curtimos Bruxas e orgias de sangue enquanto se lava a loiça ou fazemos um inconsciente alegre chamamento 666 enquanto se muda a areia dos gatos. Os Ghost são uma verdadeira subversão que deve ter deixado a Igreja de boca aberta, e por isso muito mais eficiente que as discografias de Marilyn Manson e de Immortal todas juntas. Talvez por isso que eles guardem as suas identidades de forma secreta como os Residents. Ou isso ou então é porque tem vergonha de ter feito uma
versão dos ABBA. Pouco importa, no fundo no fundo, são uns luteranos "kiduxos" como todos os suecos. Amén!