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Tal como os Bestiários do Camarada REP, Milk it! é uma colectânea de escritos, artigos, resenhas e entrevistas entre 1990 e 2001 apanhando uma década em que pareceu ser tudo possível (outra vez) como ter uma pose genuína de anti-heróis do Rock (todos os músicos antes do suicídio de Kurt), a batalha dos Pearl Jam versus a monopolista vendedora de bilhetes Ticketmaster (boicotem! não é só a MacDonalds ou a Padaria Portuguesa que merecem boicote!) ou ouvir na rádio comercial três ou quatro temas seguidos de bom Rock (caralho! já foi possível!!!). E claro, também são mostradas as falhas e os paradoxos como os dois Woodstocks exploratórios, as multinacionais a riparem o que podiam das bandas ou do público ou como uma banda que se diz revolucionária como os Rage Against the Machine sempre fez parte da máquina (editados pela Sony), a falta de ética do jornalista que escreveu a biografia (mais ficção que outra coisa) do Marilyn Manson, etc...
O livro é bom no espectro que pretende abordar, mesmo que o seu design seja medíocre e que não se leia nada de novo ou que já não se saiba, há pelo menos uma construção metódica para perceber quais as bandas que valia ou valem a pena ouvir e conhecer e quem é a maralha oportunista.
"Alternative Music" significa Rock e Pop porque Electrónica (um género que também deu uma grande explosão nessa década) significa neste livro apenas três nomes: Kraftwerk, The Orb e Aphex Twin. Albini tinhas razão... como sempre!
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