Praed não é coisa fácil de ouvir quando estão em modo de Jazz mas este é um álbum psico-étnico acessível a qualquer cidadão do mundo que não se quer irritar com música. Pegam na música tradicional árabe Shaabi fundem Space Jazz (seja lá o que isso quer dizer) e algum Noise para inglês ver, o que dá para agradar gregos e troianos, acho. Agradável prá trip hipnagógica de sofá porque tem profundidade temporal. Há algo de Maurice Louca mas sem drama. A capa não é prateada, é o efeito da luz no plástico que a faz assim, é mais sonhos de alumínio.
Said é o braço esquerdo do sírio Omar Souleyman - o direito serão os poetas que se segredam as líricas ao ouvido? - e que metralha nos seus concertos o techno-allah mais pujante prá dança sem travões. Este disco é isso mesmo, Said a curtir a sua sem a voz do Souleyman. Tão simples como isso sem ser simplista porque estamos perante uma verdadeira demonstração de virtuosismo no orgão (ehm...) tal como o outro cromo dos E.E.K. A festa de ano novo já 'tá programada em casa com estes LPs todos, só falta mandar vir as dlogas pela Getir!
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