segunda-feira, 30 de maio de 2022

Conger Conger Comix


Eis uma fotografia do original da capa do Conger Conger Comix feita por Gregory Le Lay

Título de uma "BD Cadáver-esquisito" feita por Gonçalo Duarte, Alexandra Saldanha, a dupla de "Azoresploitation" Francisco Afonso Lopes e Francisco Lacerda, Rodolfo MarianoDois VêsTiago da Bernarda e Mariana Pita que realizaram para a agenda açoreana Yuzin

O livro é uma co-edição Chili Com Carne para a colecção Mercantologia. a lançar no dia 5 de Junho, às 11h, no Jardim Silva Porto (Benfica).

Quer a participação da Chili Com Carne no Yuzin, quer aparição do projecto Story Tellers remontam a 2021 e vão-se encontrar em 2022 em dois momentos, a saber:

I. A Primavera e Story Tellers (desde 21 de Março até 20 de Junho)

Story Tellers é uma instalação patente no Parque Silva Porto em Benfica, que apresenta uma nova seleção de bandas desenhadas em cada nova estação do ano. São pequenas esculturas da autoria do artista Fulviet e onde se encontram QR Codes que dão acesso a excertos de Bandas Desenhadas de autores nacionais e internacionais. O principal objectivo desta intervenção é dar a conhecer um pouco da história da BD, com especial ênfase na portuguesa, e criar novas formas de apreciar o Parque através da cultura interactiva. Abrindo o Outono do ano passado, estiveram patentes obras de oito autores representando as diferentes épocas da BD portuguesa, do Raphael Bordalo Pinheiro (1846-1905) até Nuno Saraiva, passando por Carlos Botelho (1899-1982), Sérgio Luís (1921-43), Eduardo Teixeira Coelho (1919-2005), José Ruy, Isabel Lobinho (1947-2021) e Fernando Relvas (1954-2017). No Inverno o tema recaiu sobre a cidade de Lisboa com trabalhos de Relvas - justificado com a reedição de Concerto para Oito Infantes e Um Bastardo -, O Eterno Passageiro de Luís Félix, Ana de Nuno Artur Silva e António Jorge Gonçalves, “Bairro Alto” de Ana Cortesão, excertos das antologias Lisboa 24h00 (Bedeteca de Lisboa; 2000) e Lisboa é very very Typical (Chili Com Carne; 2015) e ainda pela primeira vez em português a BD de José Smith Vargas publicada na revista italiana Internazionale

Para esta Primavera, estação da renovação da vida, aproveitaram para "abrir as portas dos QR" a novos autores em ascensão - que neste caso produziram uma "BD cadáver esquisito", isto é, uma BD em que começa um autor e que passa a história para o outro sem poder controlar a direcção da narrativa. Esta experiência foi realizada entre Junho e Dezembro de 2021, todos os meses com um autor diferente que saía em cada novo número da agenda alternativa Yuzin. A publicação convidou a Associação Chili com Carne para ter BD nas suas páginas e foi este o resultado. 

II. Conger Conger Comix (5 de Junho, às 11h)

A Chili Com Carne e a Yuzin vão lançar o livro que compila este "cadáver esquisito", que tem a capa e design do Gregory Le Lay com a presença de algum dos autores.







sábado, 21 de maio de 2022

Mesinha de Cabeceira #33 : Chicão




MdC don't stop!

No ano de comemoração dos 30 anos do Mesinha voltamos às nossas raízes de produção amadora, verdejolas, rude mas com mais pica do que os "profissionais". Fuck them!

A Ângela Cardinhos é uma força da natureza e esta é sua primeira Banda Desenhada - assim longa mas curta, difícil de explicar - que despreza o mundinho de "normies" empreendedores que são tão normais e tão saudáveis que acabam por ser esses mesmos que batem punhetas de frente para gajas numa carruagem de comboio... da linha de Cascais.

Obra realizada num estágio não-exploratório do IEFP, são 44 páginas A5 de quotidiano feminino e sonhos de cão, aliás, de Chicão!

Publicado pela Associação Chili Com Carne em Maio de 2022.

Como este número é "dedicado à Direita portuguesa" ESGOTOU - exemplar disponível para consulta na Bedeteca de Lisboa

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Rick Bragg : "Jerry Lee Lewis : His Own Story" (Canongate; 2015)

 Sim, sou um otário por estas biografias excitantes dos gajos do Rock e afins. Desta vez foi o quase-Rei do Rock, Jerry Lee Lewis, nascido em 1935 e ainda vivo, fechado em casa com armas e a puta da Bíblia. Já lá iremos em relação a isto...
Só não foi o Rei, ou porque o empresário do Elvis nunca o deixaria ser ou porque houve o escândalo em Inglaterra, da imprensa ter descoberto que a sua (segunda) mulher não só era a sua prima como tinha uns belos de uns 13 anitos - ele tinha 22 anos. Casamentos com primos e menores pelos vistos era uma prática comum na miserável Amérikkka mas em 1958 os ingleses - que também não são os mais virtuosos do mundo - já não estavam prái virados. Isso afectou para sempre a carreira de Lewis, transformando-a numa montanha russa (cóf cóf cóf) de altos altos e baixos baixos. Se de vez em quando recuperava, a verdade é que os tempos mudavam também. Se Lee podia ter sido maior que Elvis será para especulação histórica de cromos. Diria que não porque a música dele parece-me bastante chata com aqueles countries borregos. Agora a descrição dos seus concertos e as fotos no livro - e as gravações que existem - garantem que este foi o animal de palco original. Aí ninguém o deverá ter batido a não ser o Iggy Pop e alguns niilistas fodidos.
Além de todo o percurso de casamentos e divórcios, andar de mota nu com o Elvis, tournês de poeira e violência em "honky-tonks", problemas de saúde e com o IR$, etc..., o que impressionou foi nunca ter pensado que - além de ainda estar vivo - é que ele fosse contemporâneo do Rei, do Homem de Preto,  do Buddy Holly ou do Chuck Berry. É estúpido o que escrevo mas como nunca os vi a interagir, até parece que viviam em galáxias diferentes, ao contrário dos dias ed hoje em que todos participam digressões e discos uns dos outros. Neste livro falam de alguns encontros entre estes gigantes e por isso é que me bateu. Dah!
De resto, não há muito mais a contar, mais uma vez, a não ser ignorância neste mundinho do espetáculo. Seja branco com guita como a família Osborne ou preto do gueto, há gajos que nunca aprendem nada mesmo que estejam em contactos com tanta gente incrível do mundo da arte. Acabam todos a afundarem-se em religião. Ridículo. Claro que este gajo sendo sulista, de origens pobres e animado a anfetaminas e álcool (mais das primeiras que do segundo, diga-se) talvez não tivesse muitas hipóteses. Enfim, não sei, difícil pensar até porque ele tem um primo evangelista, Jimmy Lee Swaggart (também de 1935 e ainda vivo), à perna. Evangelista esse aliás que saiu ileso dos escândalos com prostitutas nos anos 80. Enfim... Only in America.

domingo, 1 de maio de 2022

Inácios Pintos do mundo zuni-vos!


Foi divertido. BD-cadáver-esquisitos pegando nesse ícone cascalense que é o Inácio Pinto (anos 90, café Sorriola). Ainda bem que o Rei da BD Portuguesa cuidou da criançada, que a organização misturou adultos e putos. Bóf!

Fotos de Endre Ajandi e desenho de Joana Almeida. Obrigado!