Mais um! Lá consegui mais um livro do Rui Eduardo Paes (REP) - como sabem, ou deveriam saber, estes livros encontram-se perdidos ou esgotados porque a editora Hugin faliu à bela maneira portuguesa: desapareceram as pessoas responsáveis e, claro a mercadoria.
Este consegui na Valetim de Carvalho do Residence (creio, confundo sempre os nomes daqueles três mamarrachos do Saldanha, o que fazem três centro comerciais juntos?). O livro estava marcado a 17€ mas reclamei que o livro não estava em condições (não estava em Mint Condition, hehehe) e eles venderam-me a 10€. Espero que a VC não feche tão cedo e agonie mais um bom bocado porque quando os fachos da FuNAC monopolizarem o mercado, vai deixar de haver cenas destas!
Este é o primeiro livro de REP, e como se tornou tradição em livros futuros, compila uma série de artigos e entrevistas feitos originalmente para zines, revistas e jornais. Divide a "matéria-prima" em três capítulos: "Arte Bruta", "Tijolos para uma casa" e "O Palhaço Grock e outras histórias".
A primeira parte dedica-se mais às questões sobre o que é a música (ocidental) perante as lógicas civilizacionais de outros continentes e a descontrução da música no século XX. A segunda parte, como o título nos diz, são feitas reflexões sobre novos paradigmas da música como John Zorn, Anthony Braxton, os Futuristas, Z'ev, o descolar do mundo digital na música (estamos em 1996 mas o texto resiste ao tempo nem que seja como testemunho de algo que estava para explodir), a música vinda da Rússia ou do Japão ou os músicos que tem os pés quer no Rock quer no Improv (estrangeiros como Fred Frith, God is My Co-pilot ou portugueses como Manuel Mota). Por fim, o último capítulo aborda a música com o nariz metido noutras formas de expressão como o teatro (Kagel), artes plásticas ou a poesia (Kerouac).
Muito bom, como sempre. Só já falta ler/adquirir dois livros...
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