segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

unDJ GoldenShower || COCOBRE-NUTS

It's a go! Grime-Metal 666 Voodoo BrainFuck na casa do Poeta.
#$%%&(()()=!&=?&$#$((/(“$#$$#$%&(/#!!#$&/==?%”#”RU/”!”$%$//()(=)=)=?=A passagem do ano + fodida da História:Abranches vs Farrajota [live acto]
GoldenShower [unDJ set]
Jucifer [unDJ set]
Dionísio strip-drunk-late-nite-show [infelizmente sem as gibóias gigantes]
fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuck!!!!
#$%%&(()()=!&=?&$#$((/(“$#$$#$%&(/#!!#$&/==?%”#”RU/”!”$%$//()(=)=)=?=Reservas ligando para MF ou para RD.

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Antibalas "Security" (Anti- / Epitaph)
Battles "Mirrored' (Warp)
Chrome Hoof "Pre-Emptive False Repture" (Southern)
Dälek "Abandoned Language" (Ipecac)
v/a: "Portuguese Nuggets, vol.1" (Galo de Barcelos)

domingo, 30 de dezembro de 2007

E o melhor do ano é...



Chrome Hoof: "Pre-Emptive False Repture" (Southern / Sabotage; 2007)
A bastardice mais improvável de 2007 veio de Inglaterra e usou a máquina do tempo para sacar os ensinamentos dos anos 70 e dos príncipios dos anos 80. Estão a ver a No Wave a ser pegada por metaleiros? Imagem uns bárbaros do Black Metal a querer fazer Black Sound, man! Imaginem grunhos fascinados com Sun Ra, Funkadelic e Arthur Russell. ESG mas com a escola Black Sabbath. Headbangers que aprenderam a dançar? Uns Mr Bungle atrasados? Carnival in Coal da ilha?
Reza a Lenda da banda, que tudo começou com dois / três metaleiros, um deles guitarrista dos deuses stoner-doom Cathedral - banda liderada pelo Lee Dorian, o primeiro vocalista dos seminais Napalm Death, que aqui também dá uma perninha, ou melhor a voz na música Astral Suicide. Começaram a tocar Disco/Funk em festas - coisa estranha desde já! Depois foram chamando a malta ao ponto de já serem uma dúzia de "freaks" (palavras da banda!) todos vestidos em capuzes - a moda dos capuzes começou com os sunn0))) se bem se lembram - mas estes capuzes são brilhantes e celestiais - serão lantejoulas? - perto das orgias que eram as "arquestra" de Ra ou as de George Clinton. Diz também a Lenda que ao vivo aquilo é uma festa do caraças - e só poderia ser quando se tem uma secção inteira de metais, certo? Tanto fazem tournês com os Sunn0))) como com os Add N to X, o que mostra que os tipos dão para os dois lados. Em Portugal, país de homens com um "D" maiúsculo, esta merda nunca irá pegar!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Invisual #10 || RADIO ZERO

Sexta-Feira, às 20h: vai para o "ar-virtual", cortesia da famosa Rádio Zero, a décima emissão do Invisual, um programa que pretende divulgar as promíscuas relações entre a banda desenhada e a música.
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Produzido por Rui Tomás e Marcos Farrajota, nesta décima edição sem a participação de Farrajota, começa com um robusto adeus à época natalícia da parte de Mr.Garrison, do elenco de South Park. Falamos de Southland Tales, uma história de Richard Kelly dividida em duas partes. A primeira em bd e a segunda no cinema. Apresentamos o distinto Chester Brown e cantamos os parabéns ao genial Dave McKean. Música a cargo de Pixies, David Bowie e Cocteau Twins.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Invisual #9 || RADIO ZERO

Sexta-Feira, às 20h: vai para o "ar-virtual", cortesia da famosa Rádio Zero, a nona emissão do Invisual, um programa que pretende divulgar as promíscuas relações entre a banda desenhada e a música.
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Produzido por Rui Tomás e Marcos Farrajota, o sétimo programa irá incidir no convidado especial, Alberto Corradi, autor italiano de bd (e editor!). E como sempre algumas novidades editoriais e algumas pérolas musicais ligadas à bd (ilustração e design): Thermidor, Melvins (e o zine alemão Lampe) e Subtle.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.

Laica records

Como é normal, depois de mais uma edição da Feira Laica, cá venho despejar informação de discos adquiridos neste divertido evento que desta vez esteve no Porto.
Começo pelos LP's e pelo mais fácil de ouvir Encore Tijuana (Avenue; 1970) de Antonio Ricci Sound mas também o mais difícil de arranjar informação na 'net. O que posso dizer é que estamos perante mais um disco "easy-listening pseudo-mex" tal como o de Whipped Cream & Other Delights, são tão parecidos que começam com o mesmo tema: A taste of honey - e sinceramente creio que também partilham da mesmo modelo da capa - Dolores Erickson. Infelizmente não consegui arranjar uma imagem da capa mas não é nada de especial, é apenas um plano da cara da modelo que se topa a milhas de distância que é dos anos 60/70. A sinopse do disco revela tudo: «Following on the sucess of our previous Tijuana styled album [será por isso que na rodela o disco também está intitulado Tijuana III?], we are pleased to issue this futher selection, knowing that it will please many of you with its easy on the ear but very danceable sound» - certo e mais nada a declarar, excepto ainda que para ajudar à confusão, na contra-capa o nome Antonio passa para Antonino!
São bem fixes as sinopses na contra-capa dos discos, acho que até ajudam a perceber o que se está a comprar - como acontece com os livros - porque se perdeu essa tradição? Sempre escusava de comprar tanta porcaria, imaginem pegar num CD dos Slipknot e poder ler algo do tipo "Branded Nu-Metal band with black humorous lyrics and lots of druming enought to please any kid or older family member".

A seguir, os senhores Dschinghis Khan, grupo alemão xunga de meter medo a qualquer Power Ranger ou Spice Girl, e sim, só comprei por causa da capa e aspecto asqueroso da banda, em especial o tipo do bigode que parece que saiu de um museu da cera.
E a música? É Disco? Acertaram - um Disco sucesso Eurovisão de 1979 apesar das biografias dos membros do grupo tentarem nos enganar dizendo que os tipos tem currículo algo de Jazz, Rock e Pop. Mais? O som é algo histérico circense-russo tipo o Rasputin dos Boney M? Sim também acertaram! E ao contrário dos seus conterrâneos até cantavam em alemão e tudo. Porque raios guardo este LP? Meus caros, se vissem as imagens do interior (o grupo a cavalo) ou o enorme poster intacto (intacto!) que é oferecido nunca na vida quererão livrar-se de tal monstro Pop.
Sobre a música não há mais a dizer, fiquemos com as curiosidades do tipo dois dos tipos já morreram, um com SIDA - piada fácil mas... ei! mas depois de ouvir o disco inteiro só dá para escrever isto! Seja como for há mais malta a divertir-se à pala deles como uma banda de Metal Black Messiah que fez uma versão destes mongolitas.

Mudando de registo e passando para os CD's: The Band of Blacky Ranchette é mais um projecto do Howe Gelb e Still lookin' good to me (Thrill Jockey; 2003) é o quarto álbum numa carreira que começou em 1985. Alt.Country? Claro, som de cowboy moderno com profissão liberal do tipo um Designer com problemas amorosos numa viagem à terrinha ou de frente ao seu Mac num dia de inverno bem friorento a fazer um catálogo chato para uma empresa de cosmética. Com os suspeitos do costume da grande família Alt.Country como John Convertino, Joe Burns ou Kurt Wagner, ouve-se guitarradas tristonhas, banjos e steel-guitars melancólicas para qualquer alma sensível neste planeta. Mas o que gosto mesmo é de Slayer! Lá vou tentar despachar isto algures - talvez encontrem isto na próxima Laica!

Continuando com a calmaria acústica mas desta vez indo para discos de editoras que estavam representadas na Laica: Mudar de Bina (Bor Land; 2007) é a estreia de Norberto Lobo. Um disco instrumental (de guitarra acústica) calmo e agradável de se ouvir. Gravado num espírito lo-fi, ou seja em casa ou na rua, com uns retoques de estúdio / produção imperceptíveis. Os nomes de Carlos Paredes (a quem é dedicado e de quem Lobo faz uma versão, Mudar de vida) e John Fahey são imediatamente colocados ao dispor de quem quiser ler a nota de imprensa da própria editora deixando poucas dúvidas para quem quiser "pegar" no CD. A capa de João Abel Manta reforça as ideias de paralelismos e de homenagem a Paredes.
É um álbum de todas estações e é multifuncional, bom para estar no sofá a ler um livro com o gato no colo a exigir festinhas, ou para outras coisas que se possam lembrar - e melhor ainda, não irrita porque não é pretensioso nem pindérico (como aquelas chachadas de Munchen e In Her Space que Lobo fez/faz parte). Ainda assim, estarei a ficar kota!?

Por último, a estreia de Último com Notebook (Marvellous Tone; 2007) em plena euforia desta editora cheia de sangue na guelra. Mais uma edição linda e mais música electrónica estragada. Investindo em Glitch e Bytes tolos, a música de Último tem alguma funcionalidade de outrora mas entra também em semi-non-sense (os ritmos latinos da faixa Salsa Cocktail) que o podem levar a ser considerado "experimental" também. Som luminoso funcional versus som negro experimental? Parece ser a fórmula, talvez daí o rótulo "Braindance" que a editora esteja a reclamar? Braindance? Então onde anda o "brain" desta malta que não credita os ilustradores das capas nas suas próprias edições!? Não pode ser de vergonha, então é o quê!?

sábado, 15 de dezembro de 2007

Mata-Fados

A galeria Work&Shop vai mostrar o "Mistério da Cultura" em formato completo (com todos os trabalhos de todos os autores), de 15 de Dezembro até ao fim do ano... Fica a ilustrar esta notícia o scan de um original meu dedicado a esse grande disco da vida de muita boa gente, o famoso Rock Radioactivo dos Mata-Ratos!

lançamento de Ups! #4 || AUDITÓRIO DO PAÇO DA CULTURA DA GUARDA

Às 18h00, no Auditório do Paço da Cultura da Guarda : Apresentação e audição da banda sonora original criada como suporte áudio desta edição...

UPS! –nº4 depois do cozinhado anterior, devidamente embrulhado, esta edição contem um índice móvel ”fanaudio” suporte áudio original criado para cada um dos trabalhos editados que podes ouvir online, colagens aplicadas manualmente e a oferta de um agrafo suplente de garantia! Ups! Cuidado! Sucessível de ser ingerido. Não aconselhado a criancinhas!

Nesta edição colaboram e estão reunidos os trabalhos de bd's e ilustrações de Kim Prisu, José Vaz, Brown, ATR & João Louro, Pedro Zamith, Rui Sousa, Sílvia Neto, Daniel Moreira, Claudine, Nuno Martins, João Currais e Carlos Veloso. Escultura/fotografia de Daniel Gamelas, fotografia de Simone dos Prazeres, Tiago Rodrigues e Brígida Ribeiro. Continuam com a fiel colaboração dos textos Galo Porno e de Gabriel Godinho, e como estreia neste zine de tira humorística com três trabalhos da serie “Não tavas lá? Concertos em bd” por Marte e “Subúrbio” de Floreal Andrade, também pela primeira vez o Cartoon no Ups!, “Discrimina” e “Disco Heaven” de Luís Veloso. Os Musicos responsaveis pela sonoplastia são: Victor Afonso, Victor Gama, Ulrich Mitzlaff, Tiago Rodrigues, Push, Phantasma, Pedro Lucas, Pedro Almeida, Marcos Silva, Luís Andrade, Julieta Silva, João Louro, Gil Nave, Daniel Gamelas, Carlos Santos, Bruno Felício e Alberto Loops.

...mais tarde no Zincos Bar, NOITE UPS! com dj convidado e um“fanbolo”, o ultimo não come.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Invisual #8 || RADIO ZERO

Sexta-Feira, às 20h: vai para o "ar-virtual", cortesia da famosa Rádio Zero, a oitava emissão do Invisual, um programa que pretende divulgar as promíscuas relações entre a banda desenhada e a música.
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Produzido por Rui Tomás e Marcos Farrajota, o oitavo programa irá incidir sobre a Feira Laica, o evento nacional mais importante relacionado com zines e edição independente - incluindo a edição musical.
O unDJ GoldenShower participará neste programa fazendo um especial "un-mega-mix" com músicas das edições da Marvellous Tone (sobretudo estas!), Thisco, Bor Land e Soopa - editoras de música que se espera encontrar nesta Feira - nomeadamente com músicas de Dino Felipe, shhh..., Tonkee mix Hhy, Most people have been trained to be bored, Acid da Semana, Mécanosphère, M-PeX e Lobster.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.

Don't U funk with me!

Parliament: "The Clones of Dr. Funkenstein" (Poygram JP; 1990)
Parliament é um mito, tal como os Funkadelic - ver aqui e aqui, sff - duas bandas lideradas por George Clinton (o próximo artista negro que será reconhecido como ícone quando morrer, tal como aconteceu com o James Brown) e uma pandilha de outros "funkers" esgroviados: Maceo Parker, Botsy Collins, ... que nos anos 70 fizeram discos conceptuais (será abusivo meter o Sun Ra aqui?), concertos memoráveis e traçaram novas marcas musicais que mais tarde ainda seriam revistas pelo Hip Hop ou pelo Funk-Rock (Red Hot Chili Peppers).
Este álbum em especial (de 1976, editado originalmente pela Casablanca - não, não é aquela produtora angolana que andava praí a dar bocas aos fãs de 50 Cent e Sean Paul!) segundo a crítica é um álbum dócil, mais calmo que o habitual - aliás, sente-se mesmo que é música de ir ao cuzinho - devagarinho, com muito jeitinho... a secção de metais é o que mais impressiona neste disco, cheio de toques sensuais e movimentos sexuais. O espaço, para onde estes tipos se queriam propor a ir não é assim tão óbvio apesar dos sons de sintetizador dignos de um Buck Rogers - estas mesmas ideias que tem sido repetidas mais tarde por outras bandas como os Orgasmo. Não impressiona, infelizmente porque se sente muito o peso do tempo - ei! para mim Funk é Prince, Red Hot Chili Peppers, as formações do Afro-Beat do Ghana (ou os Anti-Balas) ou outras histerias rítmicas. Não estou muito virado para esta porno-funkaria - até porque já ouvi temas mais giros dos Parliament (e dos Funkadelic), enganei-me no álbum?
E por falar em Funk, dois enigmáticos singles dos anos 70 comprados ao desbarato em Feiras da Ladra e afins: Morning sky / Music for gon gon (Alvorada; 1976) dos portugueses Promotion Musical 6 e Procurando tu / Quero voltar p'ra Baía (Tecla / Cid; 197_) dos brasileiros Angelo António e a Turma da Pesada. Antes demais devo confessar que não consegui quase nenhuma informação sobre estes artistas na famosa Internet - pelos vistos ainda há alguma privacidade neste mundo. Percebi - quer dizer, ouvindo o disco também se percebe isso - que os "Promoção Musical 6" eram uma banda de baile e de casinos, e deviam ser assim meio frustrados porque o que os tipos deviam curtir mesmo era Prog Rock. Mas pronto deviam estar queimados pelo PREC e não pelos ácidos, como tal executam versões: o lado A de um holandês qualquer (Hans Bouwens, aliás George Barker) e o lado B, Music for Gon Gon que é na realidade Music for Gong Gong dos Osibisa, uma banda dos anos 70 entre o Rock Progressivo e a World Music (quando ainda não havia tal vergonhosa designação) - ok! é de Afro Beat. Bem, os "Promoção da Música Seis" no curso imparável da História ainda serviram para qualquer coisa, ou seja, para EU (complexo de Calvin) perceber que haviam uns gajos mesmo bons mas não eramo os "Promo Musical 666"! E claro, que uma capa marada com tão virtuoso "efeito especial 6" sempre fica bem na colecção de singles.
Outro mistério, é o Angelo António, não percebi se o tipo era actor de filmes pornográficos ou se era músico, ou até, se era as duas coisas, porque ainda havia as menininhas! Comprei o disco pela brilhante capa e grossa presença do bicho - e ao que parece o investimento já rendeu porque este disco é valioso, q.b, no mercado dos coleccionadores e outras aves raras. Ambos temas são versões adulteradas de clássicos brasileiros, digo eu, porque acho dificil engolir as risadas que se ouvem na gravação ou letras como «I don't want to stand here/I want to go back to Bahia». Funk-Soul-samba? Sei lá!? Na contra-capa uma publicidade a outros singles, está lá um dos Funkadelic, coincidência cósmica?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Invisual #7 || RADIO ZERO

Sexta-Feira, às 20h: vai para o "ar-virtual", cortesia da famosa Rádio Zero, a sétima emissão do Invisual, um programa que pretende divulgar as promíscuas relações entre a banda desenhada e a música.
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Produzido por Rui Tomás e Marcos Farrajota, o sétimo programa irá incidir sobre algumas novidades editoriais e algumas pérolas musicais ligadas à bd (ilustração e design): Orup (capa de Charles Burns), Eels (com trabalhos de Daniel Clowes e Seth - pode-se ouvir um depoimento deste último no programa) e Coex.
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É repetido à Segunda-Feira pelas 11h30.

Metalheadzzzzzzzzzzzz, horns up!

Foi na Shoppe Bizarre (uma loja de Metal) que comprei uns quatro CD's por tuta e meia - 3 euros cada! E que bombas metálicas! Começo pelos japoneses Transgressor e o seu único álbum (esquecendo demos, splits e EP's), Ether for Scapegoat (Cyber Music; 1992). Um disco de Death Metal poderoso como qualquer bom disco de Death deve ser. Os temas tem partes arrastadas a lembrar Doom Metal, as letras é aquela base de morbidez escatológica. Um disco "time machine" para quem gosta de sons mais brutais. Só uma questão, porque raios uma banda japonesa tem uma cruz invertida no logótipo? Serão de famílias que apanharam com o cristianismo levado pelos nossos missionários idiotas? Ou serão antes os Transgressor idiotas? Next!

Destructive Reality (Massacre; 1993) também é o único registo dos suiços Sickening Gore, uma máquina de destruição Death/Grind comparável a muitas outras bandas como Cannibal Corpse ou Deicide, ou seja, os clássicos do género. Em meia-hora arrasam com os ritmos e riffs da cena - não faltando solos estridentes de guitarra à Slayer. "Time machine" pra estes também, depois deste álbum não se sabe nada de interessante sobre a banda... é daquelas bandas "underground" que ficaram perdidos no avançar da História, aposto que os gajos já devem estar casados, com putos e dois cães e a consumirem horas e horas de TV pela noite fora enquanto lambuzam chocolate suiço, nham nham. Next!

Os Inner Thought são canadianos e é por isso que Worldly separation (Witchhunt; 1994) soa a estranho. Isto não é um comentário idiota de um norte-americano mas apenas uma constatação de factos, já repararam que as bandas canadianas tem um "jeitinho especial para os sons pesados"? Exemplos não faltam: NoMeansNo, D.O.A., Voivoid, Malhavoc, assim só de memória... E é o que acontece com este Inner Thought (quase todo o projecto é um "one-man-band", Bob Sadzak) que apesar de fazer Death não deixa de incluir algumas situações bizarras ao género como uma caixa de ritmos (hà umas bocas aos bateristas na ficha técnica do disco, é do mito Rock que todos os bateristas são imbecis...), vozes femininas virginais-operáticas (mais ligadas aos clichés do Goth Metal), sintetizadores ou samples de filmes, o suficiente para saltar da média Death, fazendo uma ligação fraca ao Industrial. Não que seja muito bom mas tem a sua ponta de interesse...

Por fim, o melhor do lote e por falar em Industrial... Asphyxia (We Bite Records; 1995) é o terceiro álbum dos ingleses Optimum Wound Profile. Banda que usa programações para ser rotulada de "Industrial"... bem, o mais estranho em relação a eles é que lembro-me de os ouvir à 15 anos num programa do António Sérgio - o homem voltou às lides da rádio! Está na Radar! I shit you not! Quer em relação ao António Sérgio quer ao facto de me lembrar de ouvir os Optimum à 15 anos... Lembro-me de uma música bizarra (prá altura) e de anotar algures o nome deles (ou até gravei esse tema numa k7!?) mas nunca encontrei os CD's deles nessa altura e depois claro, esqueci-me deles. O Rock pesado que fazem tem algo de Hardcore Industrial a lembrar os Ministry. Gravaram os primeiros álbuns prá grande Roadrunner e pelos vistos, em final da carreira (e sem o vocalista original Phil Vane) acabaram numa editora alemã semi-obscura. Os elementos da banda estiveram ligados a outras bandas como os Chocolate (o vocalista neste disco), Extreme Noise Terror e Napalm Death (o vocalista anterior). Não sei se este álbum seja um trabalho menor mas parece-me bom (ignorando as recordações da juventude) pela cacofonia acompanhada por uma aceleração ritmica. Um misto de Treponem Pal com Rudimentary Peni.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

DJ Balli: "In Skate Bored We Noize"

to be published

Virgin's planes are cooler to make a 11/9

passatempos com profundo respeito pelo seres vivos

storage.act-9.com/2005/0222/nanaca.htm

lewistrondheim.com/jeux/alieen.htm

pictogame.com/game.php?game=Lgyp3UauFtey

A evitar

Por mais que um gajo se esforce em não ver/ouvir/ter TV ou radio, de uma forma ou de outra temos de apanhar coma a ubiquidade da cultura Pop-Trash. Ora como sabem, agora tenho um programito na Rádio Zero - o Invisual - que não é directo. Foi num dia para gravar que alguém da equipa que disse para levar umas promos que tinham para lá. Claro que olhando para as capas e alguns nomes já sabia que estava a levar merda e da grossa, mas a "cavalo dado não se olha a dente" e um gajo ainda se pode rir ou descobrir algo de bom ou usar como matéria-prima certas sessões de un-DJing. Entre CD-singles promocionais [alto! são mesmo o nojo total: CD's só com uma, duas ou três músicas... destruir os ouvidos ainda aceito, agora lixar o planeta desta forma é que já é pornográfico! Não é de espantar que as editoras multinacionais estejam com medo da "pirataria". Espero que a queda seja enorme.] de R'n'B 'tuga (Gutto é o homem romântico que devia ter um ataque de diarreia mortal), Pop porreirita (Brand New Heavies com Nicole Russo), Pop ordinária (Lara Fabian... Quem!? uma espécie de Alanis Morrisette...) e os miméticos do costume (Micro Audio Waves), o único álbum que estava por lá era Insistir no zero (auto-edição + Raging Planet; 2007) dos Kizomba, ops!, digo Rizoma, uma banda de restos-mortais dos Toranga (outra falácia nacional) que não deveria ter sido da gaveta ou da garagem tal é a modorra total de um pseudo-psicadelismo lerdo que não chega a chupar a mama da Pop nem a lamber os tomates do Rock. «Eu vou contar até três/ desta vez/ já não posso ouvir lamentar o teu modo triste e fraco» (cantam em Contar até 10)... exactamente aquilo que sinto.
Mais coisinhas más, ou uma. Este fim-de-semana fui parar a Elvas, onde encontrei umas feira marada de antiguidades que também tinha alguns discos - muitos do Paco Bandeira, ironicamente ou talvez não. Bem, foi lá que comprei por 3€ um CD com uma capa desenhada pelo grande Charles Burns (um dos autores de bd mais imitado nos últimos 20 anos). Trata-se de Teddy (Warner; 1998) do sueco Orup, que nem sei o que vos diga... O tipo de "teddy" nada tem, não passa de um canastrão Pop sueco - que ao menos tem bom gosto, porque gosta do trabalho do Burns e pediu uma capa ao autor. De resto, para quem gosta do Festival da Eurovisão ou ainda o Toy numa língua imcomprensível este é o disco! Por falar nisso, numa escala portuguesa quando é que Marco Paulo pede uma capa ao Filipe Abranches?