Foi na Shoppe Bizarre (uma loja de Metal) que comprei uns quatro CD's por tuta e meia - 3 euros cada! E que bombas metálicas! Começo pelos japoneses Transgressor e o seu único álbum (esquecendo demos, splits e EP's), Ether for Scapegoat (Cyber Music; 1992). Um disco de Death Metal poderoso como qualquer bom disco de Death deve ser. Os temas tem partes arrastadas a lembrar Doom Metal, as letras é aquela base de morbidez escatológica. Um disco "time machine" para quem gosta de sons mais brutais. Só uma questão, porque raios uma banda japonesa tem uma cruz invertida no logótipo? Serão de famílias que apanharam com o cristianismo levado pelos nossos missionários idiotas? Ou serão antes os Transgressor idiotas? Next!
Destructive Reality (Massacre; 1993) também é o único registo dos suiços Sickening Gore, uma máquina de destruição Death/Grind comparável a muitas outras bandas como Cannibal Corpse ou Deicide, ou seja, os clássicos do género. Em meia-hora arrasam com os ritmos e riffs da cena - não faltando solos estridentes de guitarra à Slayer. "Time machine" pra estes também, depois deste álbum não se sabe nada de interessante sobre a banda... é daquelas bandas "underground" que ficaram perdidos no avançar da História, aposto que os gajos já devem estar casados, com putos e dois cães e a consumirem horas e horas de TV pela noite fora enquanto lambuzam chocolate suiço, nham nham. Next!
Os Inner Thought são canadianos e é por isso que Worldly separation (Witchhunt; 1994) soa a estranho. Isto não é um comentário idiota de um norte-americano mas apenas uma constatação de factos, já repararam que as bandas canadianas tem um "jeitinho especial para os sons pesados"? Exemplos não faltam: NoMeansNo, D.O.A., Voivoid, Malhavoc, assim só de memória... E é o que acontece com este Inner Thought (quase todo o projecto é um "one-man-band", Bob Sadzak) que apesar de fazer Death não deixa de incluir algumas situações bizarras ao género como uma caixa de ritmos (hà umas bocas aos bateristas na ficha técnica do disco, é do mito Rock que todos os bateristas são imbecis...), vozes femininas virginais-operáticas (mais ligadas aos clichés do Goth Metal), sintetizadores ou samples de filmes, o suficiente para saltar da média Death, fazendo uma ligação fraca ao Industrial. Não que seja muito bom mas tem a sua ponta de interesse...
Por fim, o melhor do lote e por falar em Industrial... Asphyxia (We Bite Records; 1995) é o terceiro álbum dos ingleses Optimum Wound Profile. Banda que usa programações para ser rotulada de "Industrial"... bem, o mais estranho em relação a eles é que lembro-me de os ouvir à 15 anos num programa do António Sérgio - o homem voltou às lides da rádio! Está na Radar! I shit you not! Quer em relação ao António Sérgio quer ao facto de me lembrar de ouvir os Optimum à 15 anos... Lembro-me de uma música bizarra (prá altura) e de anotar algures o nome deles (ou até gravei esse tema numa k7!?) mas nunca encontrei os CD's deles nessa altura e depois claro, esqueci-me deles. O Rock pesado que fazem tem algo de Hardcore Industrial a lembrar os Ministry. Gravaram os primeiros álbuns prá grande Roadrunner e pelos vistos, em final da carreira (e sem o vocalista original Phil Vane) acabaram numa editora alemã semi-obscura. Os elementos da banda estiveram ligados a outras bandas como os Chocolate (o vocalista neste disco), Extreme Noise Terror e Napalm Death (o vocalista anterior). Não sei se este álbum seja um trabalho menor mas parece-me bom (ignorando as recordações da juventude) pela cacofonia acompanhada por uma aceleração ritmica. Um misto de Treponem Pal com Rudimentary Peni.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
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