quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nada bate xungaria britânica


Ainda tinha escrito há pouco tempo sobre a Dodgem Logic e já arranjei o segundo número, que confirma que o projecto é um poço de incertezas e de "lugar nenhum", para não dizer que é mesmo uma grande merda... em 40 páginas a cores muito bem impressas aproveita-se quatro páginas escritas por Alan Moore sobre a Anarquia e outras quatro sobre o movimento "Pós-civilização" de Margaret Killjoy - este último mais interessante. Depois disso é um vazio de ideias sem rumo e estéticamente penosa. Se a ideia é fazer uma revista neo-apocalíptica "light" falta-lhe garra e radicalismo. Fica-se a pensar que o Alan Moore meteu a pata na poça. Até o comic-book que é oferecido - cada número da revista é oferecido algo - é uma bela trampa, trata-se de uma bd escrita e desenhada por Moore autor, e que parece uma máquina do tempo que regastou uma bd underground dos anos 60. O gajo até desenha bem (fogo, há alguma coisa que ele não faça bem? Há: Dodgem Logic!) mas o tema é tão imbecil que nem parece Moore... O homem está a esconder jogo? Está a prepara alguma que não se percebe à primeira vista? Ou está a precisar de pénis? Ou precisa de Pénis Assassino? Exacto, não gastem dinheiro com esta revista, querem "lobal" à séria? Comprem antes o livro do Janus!
Outro pedaço de bosta é a Metal Hammer, revista de Heavy Metal que comprei recentemente para actualizar-me do que se passa pelas franjas do Metal. Agradeço os autocolantes de Iron Maiden (fixes para fechar envelopes e cartas), não agradeço as páginas de imprensa "teenager" (os textos são atrozes) e quase que agradeço o CD que na realidade foi o que motivou a compra da revista. Nele há os clássicos e dados adquiridos, claro, como Soulfly (numa curiosa incursão ao NWBHM), Dillinger Escape Plan, Cathedral e Dark Tranquillity, e alguns barulhentos Bleeding Through, Mutiny Within, Apollyon e Cancer Bats mas o resto é uma paneleirada que não se percebe porque faz parte de uma revista de Metal! Mas tudo concentrado e esprimido nada há que faça admirar - a não ser talvez Astrosoniq, uma psicadelia que lembra os momentos freaks dos Black Sabbath com uma electrónica por debaixo. Ainda assim nada de outro mundo... É por isso que estamos no final do mundo? Sem Metal mais vale morrer!

1 comentário:

David Soares disse...

A "Metal Hammer" é uma bosta*.
Para leres textos melhores, e sobre bandas menos óbvias, compra a "Terrorizer". É comercialóide à mesma, mas é melhor. E também traz CD. (Com foleiradas, também, infelizmente.)

Abraço!
D.

*eufemismo.