Misa criolla / Misa Luba (Philips; 1964)
Um LP, split, de uma Aldeia Global avant la lettre, duas missas com o mesmo reportório mas interpretados por "pretinhos" e por índios. Desculpem-me o racismo-cliché mas este disco irrita! Irrita porque gostei dele, porque dá prazer ouvir estas missas! Até da capa gostei e não descobrindo na 'net até tirei esta foto (à esquerda).
De um lado Los Fronterizos com o coro Cantoría de la Basílica del Socorro sob direcção de Ariel Ramirez, da Argentina creio, avançam com músicas folclóricas sul-americanas (vidola, baguala, carnavalito, chacarena, ...) para criar um clima impressionante em que a harmonia se associa a ritmos de paganismo alegre. Uma aberração que explica porque o Cristianismo consegue ser tão popular - porque traduz as bíblias para a língua mais minoritária do planeta, porque mete o Rei Artur a lutar por Cristo, porque transforma qualquer porra mística num mártir / santinho da Igreja, e porque gosta de fazer mash-ups desde, claro, a Mensagem sobresaí sobre o outro tema. Esta Missa Crioula é um dos melhores exemplos dessa miscigenação cultural-religiosa operada pelos seus agentes - o tal Ramirez que devia ou ser um grande cabrão ou então um génio. Lindo!
A Misa Luba é uma baseada em canções tradicionais do Congo. Foi arranjada pelo padre franciscano belga Guido Haazen, tendo sido cantada e gravada pela primeira vez em 1958 por "Les Troubadours du Roi Baudouin", um coro de crianças e adolescentes de Kamina. O padre Guido Haazen chegou ao Congo Belga em 1953, vindo da bélgica. Em 1954, fundou o Troubadours (que deve seu nome ao rei Baudouin I da Bélgica) como um coro de 45 garotos dos 9 aos 14 anos, além de 15 professores da escola central de Kamina. Em 1958 o grupo excursionou pela europa para e chegou a se apresentar com os Meninos Cantores de Viena. Existia um grande grau de improvisação nas performances, baseadas em canções tradicionais. O Sanctus, por exemplo, se baseia em uma canção de despedida Kiluba.
A primeira gravação, feita em 1958, apresenta o vocalista solo Joachim Ngoi, foi lançada pela Philips em 1963 no Reino Unido e inclui, num dos lados, uma seleção de canções usadas como base para a Missa Luba. As seções do Sanctus e do Benedictus foram lançadas também como um single (...) Menos impressionantes que os sul-americanos, de alguma forma já os ouvidos estão habituados às percurssões e vozes africanas, ainda assim, consegue criar um ambiente sombrio que não sabemos de havemos de rezar ou de dançar.
A Misa Luba é uma baseada em canções tradicionais do Congo. Foi arranjada pelo padre franciscano belga Guido Haazen, tendo sido cantada e gravada pela primeira vez em 1958 por "Les Troubadours du Roi Baudouin", um coro de crianças e adolescentes de Kamina. O padre Guido Haazen chegou ao Congo Belga em 1953, vindo da bélgica. Em 1954, fundou o Troubadours (que deve seu nome ao rei Baudouin I da Bélgica) como um coro de 45 garotos dos 9 aos 14 anos, além de 15 professores da escola central de Kamina. Em 1958 o grupo excursionou pela europa para e chegou a se apresentar com os Meninos Cantores de Viena. Existia um grande grau de improvisação nas performances, baseadas em canções tradicionais. O Sanctus, por exemplo, se baseia em uma canção de despedida Kiluba.
A primeira gravação, feita em 1958, apresenta o vocalista solo Joachim Ngoi, foi lançada pela Philips em 1963 no Reino Unido e inclui, num dos lados, uma seleção de canções usadas como base para a Missa Luba. As seções do Sanctus e do Benedictus foram lançadas também como um single (...) Menos impressionantes que os sul-americanos, de alguma forma já os ouvidos estão habituados às percurssões e vozes africanas, ainda assim, consegue criar um ambiente sombrio que não sabemos de havemos de rezar ou de dançar.
Depois destas experiências houve mais - daí nesta versão espanhola do disco tenham juntado duas versões? Ao que parece ainda este ano o Papa mais feio de sempre (vejam um "post" mais abaixo, sff) pretende numa onda de limpeza de imagem fazer uma missa 8-bytes, Breakcore e Gabba... Jesus vai voltar em 2012 a dançar esse Mambo! Uma Love Parade universal em que até as cruzes vão abanar! Os limites não existem com o Cristianismo... certo?
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