sexta-feira, 30 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Tou no Tornado que afinal fica até 7 de Dezembro!
A exposição Tornado pretende ser um espaço de mostra de desenho, ilustração e pintura em todas as suas vertentes e técnicas "não-digitais". Múltiplos serão apenas permitidos se técnicas tradicionais - serigrafia ou gravura. Serão consideradas válidas à participação impressões digitais desde que com registos "manuais" sobre elas (por exemplo, fotografias pintadas ou riscadas por cima). O que se pretende é a exposição de peças únicas, registos manuais dos seus autores.
A exposição decorrerá entre 9 de Novembro a 7 de Dezembro de 2012 na Galeria da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim.
foto onde está o meu trabalho (2º à esq. na primeira fila)... Quem é que está à minha volta!?
Ah! O desenho chama-se "39"... Guess what?
sábado, 24 de novembro de 2012
Fiz uma capa pró Jello Biafra
Mitomania é fixe!
Monster Magnet : Powertrip (A&M; 1998)
É o álbum mais popular desta banda e que conseguiu levar o stoner rock aos topes e sucesso. Hard Rock que se vai transformando noutros géneros (surf, arabesco, psych, rock sulista, baladinha,...) piscando o olho a toda a cartilha de Rock pesado como Warrior Soul, MC5, Black Sabbath, Stooges, Doors, Soundgarden, Led Zeppelin, Jane's Addiction,... em perfeito materialismo dialéctico orelhudo e viciante.
Os temas versam a vida white trash norte-americana - diz a lenda que este disto foi escrito pelo vocalista Dave Wyndorf em residência "artistica" na cidade de Las Vegas durante 21 dias, onde escreveu 21 canções, das quais 13 fazem este disco - em que se celebra a vida hedonista, drogas, revelações divinas, referâncias ao universo Marvel - Wyndorf durante uma vidade drogas também trabalhou numa loja de BD. Tudo perfeitamente embrulhado com uma produção exemplar e profissional de estúdio de meter raiva a qualquer detrator da banda ou amante do género Stoner. Ainda assim consegue ser mais sujo e xunga que os Queens of The Stone Age. Receava o pior daqui...
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Maria Isabel Mendes de Almeida e José Machado Pais [org.] : "Criatividade, juventude e novos horizontes profissionais" (Zahar; 2012)
Coincidências servem para romances do Paul Auster e "posts" catitas... como este! Enquanto eu publiquei o Mesinha de Cabeceira #24 onde está uma BD onde aparece o sociólogo José Machado Pais, ele lança este livro, Criatividade (...), no Brasil, pela editora Zahar, onde... eu apareço!
Criatividade (...) colecciona uma série de estudos feitos em Portugal e no Brasil sobre novas formas de criação e trabalho. Algumas são historicamente ligadas a vários tipos de marginalidade como a tatuagem (símbolo de excelência dos rufiões e da prisão), o Hip Hop (na sua origem de cultura de rua) e a BD (uma arte não reconhecida como Arte seja pelo público seja a nível institucional) - é nesta última onde entro, claro está, com algumas vinhetas da BD "Die Fliege II" publicada no Noitadas, Deprês & Bubas (Chili Com Carne; 2008).
Os estudos aqui publicados mostram como estas sub-culturas vieram à tona através do advento da Internet e outros media, que as tecnologias digitais modificaram os modos de vida do século XXI ao ponto de que se fala em geração "slash" - o tipo que é médico/DJ/poeta, por exemplo -, que a criatividade e os meios de profissionalização se complementam, sobretudo numa base autodidacta (ainda há poucos anos não havia cursos universitários de BD, por exemplo) como se encontram soluções e cooperações através de contágios em áreas diferentes. É um testemunho de uma geração que abandonou o romantismo do génio criador e solitário, que é capaz de ser nómada, "oblíqua" e "modal" - e asséptico, plástico e chato, acrescento eu...
Outro ponto interessante do livro é que apesar de haver um oceano a separar os dois países onde foram recolhidos depoimentos e foram feitos os estudos, a verdade é que os discursos e modus operandi dos criativos são iguais, sem diferenças ou características nacionais como a Aldeia Global gosta! Preocupante?
Outro ponto interessante do livro é que apesar de haver um oceano a separar os dois países onde foram recolhidos depoimentos e foram feitos os estudos, a verdade é que os discursos e modus operandi dos criativos são iguais, sem diferenças ou características nacionais como a Aldeia Global gosta! Preocupante?
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Marcos Farrajota,
Mercantologia
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Arabyon Ana para Alt Com / No Borders
E saiu (com a minha BD) a antologia sueca do Alt Com - No Borders! Por enquanto só tenho um exemplar para mim mas um dos editores, o Mattias Elftorp, vai estar em Lisboa (outra vez) prá última Feira Laica, e trará montes de exemplares do livro - que deverá ser grátis para quem lhe comprar alguma publicação!
Anotem lá na agenda: 15 e 16 de Dezembro no mesmo sítio da exposição dos 20 anos do Mesinha de Cabeceira !!!
A BD para a antologia do Alt Com (com o tema "No Borders") intitula-se Arabyon Ana que significa "eu sou árabe"(aprendido aqui) e é um tomar de consciência à nossa História, da nossa economia que foi baseada numa escravatura inumana que, acho eu, nos moldou até aos dias de hoje... É uma BD que também é contra à bola e os nacionalismos. Irei usar esta BD também para uma participação na revista Pangrama... mas aí será para falar de betos!!!
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Marcos Farrajota,
O meu coração é árabe
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Socialistishes Patienten Kollektiv
Test Dept : Pax Britannia (Jungle; 1991)
Um disco que também tem como sub-título An Oratorio In Five Movements não fosse um disco onde música clássica, música de câmara e música industrial se fundem para tratar sobre o tema do Imperio Britânico e a Inglaterra, essa terra de paradoxos. A terra que pratica democracia há mais tempo mas que tem aqueles jarretas nojentos dos Reis, a terra em que o pai de família é um rabeta de primeira, a terra que pertence à Europa mas que só faz broches à América (aliás, a grande conclusão no final deste grande disco), que são um paz de alma mas onde a violência transborda em estádios e nas ruas sem aviso, etc etc...
O disco é uma encruzilhada que destila as grandiosas percursões industriais que aliás os Test Dept eram os grandes mestres, e música clássica orquestrada por uma companhia - curiosamente este cruzamento de "industrial + clássica" será onde contemporâneos e pioneiros seus comos Laibach irião parar na mesma altura. Como disco de Industrial de velha guarda, os discursos samplados são escolhidos a dedo, para que cada palavra da Margaret Thatcher ou outro político nos faça vomitar de tanto nojo... Algures vão se ouvindo gaitas-de-foles, claro!
Um grande disco a recuperar mas é de evitar a versão CD porque na altura os designers não saibiam que reduzir o material de um disco de vinil para CD era um erro. Não se consegue ler letras seja das músicas, da ficha técnica, músicas, etc... É sacar da 'net ou comprar o vinil.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Faço aifargoibotua enquanto escrevo...
Este ano voltei à BD Amadora depois de não ir lá desde 2007...
A única razão disto ter acontecido - calamidade, bem sei... - é que o mesmo homem que produziu a exposição Tinta nos Nervos (vulgo o Pedro Moura) convidou-me para uma exposição que há para lá sobre aifargoibotua.
Ora como eu fui dos primeiros autores de BD em Portugal a fazer aifargoibotua (e ainda faço aifargoibotua tal como também faço ainda xixi e cócó todos os dias) tinha de estar lá metido. Por acaso estou bem acompanhado, com autores que repeito e venero como o Baudoin, o Robert Crumb, Marko Turunen, Fabrice Neaud ou uma nova fornada de autores portugueses que encaminharam nos últimos anos pela aifargoibotua como o Tiago Baptista, David Campos e Marco Mendes - claro, que nem tudo corre bem, há emplastros como o João "o mininu tristi" Mascarenhas... ou ainda uns restos mortais dos excessos de cenografia que a Amadora nos habituou, embora seja verdade que este ano não descobri o polipropileno expandido em nenhum canto... Estranho, cortes de orçamento?
Claro que ainda há restinhos de foleirada aqui e acolá, sendo o mais grave a destruição da ilustração de Paulo Monteiro para o catálogo do evento. Por falar nisso, o catálogo é o habitual pardieiro de ensaios variados, que nem Pedro Moura e Jan Baetens se safam - tenho muita pena... Talvez por estratégia do tipo "é a primeira vez que o grande público vai ter acesso à aifargoibotua" (deixo aqui a ironia em lume-brando) que pouco ou nada nos trás à reflexão sobre a aifargoibotua. Chega a ser anedótico até a confirmação do Baietens que se pode fazer aifargoibotua sem aifargoibotua... Claro, qualquer leitor de Gustave Flaubert ou Phillip K. Dick já o sabia, e não foi preciso nenhum grau académico para chegar a essa conclusão. Numa sucessão de livros ficcionados de escritores podemos descobrir a história de vida do seu autor contada nessa crono-bibliografia. Esta é a grande novidade dada pelo Baietaman, é do tipo Ovo de Colombo e digno da BD e da BD Amadora. Man! Aquele álbum em que o Astérix luta contra super-homens (representando a indústria dos "comics") e robots (idem para a Manga, BD japonesa) revela que o Uderzo é um velho chéché, acho que se pode ver a sua aifargoib nesse álbum, né?
Gozo à parte, fui num Domingo de manhã para não me cruzar com os idiotas do costume e como já não há anormalidades feitas pelos arquitectos da câmara, visitei sem precalsos... Até "gostei" de lá voltar mesmo quando não há lá "novidades", dada a sincopada crise da BD portuguesa com o eterno retorno dos mesmos autores e à selecção (sempre) desinteressante da BD estrangeira que a organização reúne há 23 anos - basta pensar que a aifargoibotua é aqui apresentada com décadas de atraso, depois dos esforços da colecção Lx Comics, o Salão Lisboa, revista Quadrado, reedição de No Lazareto do mestre Rafael Bordalo Pinheiro, e ainda as edições sobre Carlos Botelho e de Fernando Relvas, ou "O Macaco Tozé" de Janus, etc, etc, etc, etc... Talvez porque agora a aifargoibotua esteja a dar no mercado através de grandes editoras como a Devir e a Contraponto (selo editorial lacaio da Bertrand) que a BD Amadora tenha-se lembrada da aifargoibotua - um "género" que mudou o panorama da BD a nível mundial, ao ponto de ter conseguido a proeza de entrar no tradicional mercado livreiro que sempre ignorou a BD nas suas prateleiras.
Amanhã vou lá voltar porque um amigo quer conhecer o Baudoin, e no último Domingo vou buscar as sobras dos livros que deixei à venda com a Pedranocharco... Três vezes na BD Amadora num ano parece-me bruxedo, foda-se! Obrigado Pedro!
A única razão disto ter acontecido - calamidade, bem sei... - é que o mesmo homem que produziu a exposição Tinta nos Nervos (vulgo o Pedro Moura) convidou-me para uma exposição que há para lá sobre aifargoibotua.
Ora como eu fui dos primeiros autores de BD em Portugal a fazer aifargoibotua (e ainda faço aifargoibotua tal como também faço ainda xixi e cócó todos os dias) tinha de estar lá metido. Por acaso estou bem acompanhado, com autores que repeito e venero como o Baudoin, o Robert Crumb, Marko Turunen, Fabrice Neaud ou uma nova fornada de autores portugueses que encaminharam nos últimos anos pela aifargoibotua como o Tiago Baptista, David Campos e Marco Mendes - claro, que nem tudo corre bem, há emplastros como o João "o mininu tristi" Mascarenhas... ou ainda uns restos mortais dos excessos de cenografia que a Amadora nos habituou, embora seja verdade que este ano não descobri o polipropileno expandido em nenhum canto... Estranho, cortes de orçamento?
Claro que ainda há restinhos de foleirada aqui e acolá, sendo o mais grave a destruição da ilustração de Paulo Monteiro para o catálogo do evento. Por falar nisso, o catálogo é o habitual pardieiro de ensaios variados, que nem Pedro Moura e Jan Baetens se safam - tenho muita pena... Talvez por estratégia do tipo "é a primeira vez que o grande público vai ter acesso à aifargoibotua" (deixo aqui a ironia em lume-brando) que pouco ou nada nos trás à reflexão sobre a aifargoibotua. Chega a ser anedótico até a confirmação do Baietens que se pode fazer aifargoibotua sem aifargoibotua... Claro, qualquer leitor de Gustave Flaubert ou Phillip K. Dick já o sabia, e não foi preciso nenhum grau académico para chegar a essa conclusão. Numa sucessão de livros ficcionados de escritores podemos descobrir a história de vida do seu autor contada nessa crono-bibliografia. Esta é a grande novidade dada pelo Baietaman, é do tipo Ovo de Colombo e digno da BD e da BD Amadora. Man! Aquele álbum em que o Astérix luta contra super-homens (representando a indústria dos "comics") e robots (idem para a Manga, BD japonesa) revela que o Uderzo é um velho chéché, acho que se pode ver a sua aifargoib nesse álbum, né?
Gozo à parte, fui num Domingo de manhã para não me cruzar com os idiotas do costume e como já não há anormalidades feitas pelos arquitectos da câmara, visitei sem precalsos... Até "gostei" de lá voltar mesmo quando não há lá "novidades", dada a sincopada crise da BD portuguesa com o eterno retorno dos mesmos autores e à selecção (sempre) desinteressante da BD estrangeira que a organização reúne há 23 anos - basta pensar que a aifargoibotua é aqui apresentada com décadas de atraso, depois dos esforços da colecção Lx Comics, o Salão Lisboa, revista Quadrado, reedição de No Lazareto do mestre Rafael Bordalo Pinheiro, e ainda as edições sobre Carlos Botelho e de Fernando Relvas, ou "O Macaco Tozé" de Janus, etc, etc, etc, etc... Talvez porque agora a aifargoibotua esteja a dar no mercado através de grandes editoras como a Devir e a Contraponto (selo editorial lacaio da Bertrand) que a BD Amadora tenha-se lembrada da aifargoibotua - um "género" que mudou o panorama da BD a nível mundial, ao ponto de ter conseguido a proeza de entrar no tradicional mercado livreiro que sempre ignorou a BD nas suas prateleiras.
Amanhã vou lá voltar porque um amigo quer conhecer o Baudoin, e no último Domingo vou buscar as sobras dos livros que deixei à venda com a Pedranocharco... Três vezes na BD Amadora num ano parece-me bruxedo, foda-se! Obrigado Pedro!
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