quarta-feira, 26 de setembro de 2007

C.C.M.

v/a: "Porn to Rock : a collection of songs performed by stars of adult movies" (Normal; 1999)

Colectânea em vinil de músicas por actores de filmes pornográficos no que também tocam sem ser só nos genitais! Tão heterogênea como a pornografia, há aqui de tudo: Hetero Rock, Homo Punk, Bi Jazz, Inter Funk, Trans Techno, Afro HipHop, Oriental Calypso... Claro, o que à partida estariamos mais espera de músicas Techno xunga tal como abre o disco com Saboteur e Chloe Nichole que se vêem cheios de Acid e mil samples de filmes porno de Nichole e tendo como letra frases como «fuck me harder». E embora essa tendência se encontre mais prá frente com o Techno Gay de David Burrill e House Transsexual de Geoffrey Karen Dior com Stacey Q, o resto do álbum será variado e não muito doloroso de se ouvir, chegando até a ter faixas bem catitas.
Lado A, segunda tema fica a cargo de Vinnie Spit com a sua mulher Dominatrix Mistress Jacqueline e o tema Asshole man, uma divertida música Swing (hohohohohoho) deste senhor do porno S/M que toca 30 instrumentos (não dá para ler ou escrever isto sem pensar noutras coisas, não é?). Depois é Madison com um estranho tema psicadélico-étnico-Pop - será isto New Age Porn? Nada mau, diga-se! Marshall O Boy (um tipo com ligações ao David Bowie) e Johnny Toxic fecham respectivamente com Punk Pop e Punk Funk bem porreiros.
Lado B, Nina Whett (que belo nome!) vomita Drink beer and fuck, obviamente Fuck'n'Roll duvidoso - duvidoso é a tónica de todas as faixas do disco. Seja pelo HipHop de festa de Midori (uma actriz negra que aparece a fumar um grande charuto no interior da embalagem do disco) ou Jazzito da treta de Candye Kane com letras Pimba, digna de comparação de um certo "Mestre de CUlinária". A mais velha e uma verdadeira porn-star, é Ginger Lynn Allen, com um tema de 1985 no pior Rock FM/Air Metal/L.A. Rock, só o título diz tudo: Fantasy world. Nove anos depois Hyapatia Lee não aprende nada, repete a mesma xaropada mas com intenções mais politizadas, defendendo o prazer e fecha o disco mas antes ainda temos a Suzi Suzuki (Prémio Nome Mais Original para Artista de Qualquer Modalidade) canta o alegre Calypso Shower - não deveria ela querer antes cantar Golden Shower?
Porn to Rock é editado pela Normal, editora que pode ser associada a outras editoras alemãs como a Reportoire e a Trikont, que são peritas em (re)edições de material musical exótico - exótico significa tudo o que foge à "normalidade" do mundo Pop Imperialista. Só não se percebe porque raios a Tracy Lords não apareceu neste disco...

PS - gracias a lo señor Fom-Fom por este precioso regalo!

1 comentário:

Pepe disse...

Sem a Tracy, este disco num bale um c******o!!!!!