2 2 2 7 : No brains no tumors ; Bi Bi Bi Sabi (Stripcore ; 1995, 1998)
Da visita à Eslovénia, Santa Terra dos Laibach, trouxe claro alguma música. Por lá há muito Punk, aliás, por toda a ex-Jugoslávia. No último dia lá me lembrei de pedir à Katerina, chefona do colectivo
Stripcore - que foram embaixadores da bd da Europa de Leste nos anos 90 através da revista
Stripburger e várias antologias, aliás, a viagem
deveu-se a uma delas - mas dizia que pedi à chefona por discos deles nos tempos que eles também estavam metidos na cena musical. O que me veio parar forma estes 2 2 2 7, grupo que soa na sua forma mais tradicional ao "Hardcore intelectual" dos Fugazi ou NoMeansNo mas que depois parte para tantos estilos quase impossíveis de citá-los todos, até porque para começar são acompanhados sempre por um violino. Sempre não, a partir do segundo álbum (
No brains no tumors) até ao fim (depois de
Bi Bi Bi Sabi) é que passam a ter um violinista com formação académica.
É um som dramático e angustiante que se desenvolve, um bocado como algum punk-klezmer que se ouviu nos anos 90 e que ainda contorna o Jazz, Dub, Funk e música oriental. E se 70% das músicas eram cantadas em inglês, em
Bi Bi Bi Sabi entram num Babel com línguas "daqueles lados" (sérvio-croata, eslovena,...) e inglês. Apesar do "pós-pós-neo-neo" há algo que me cansa a ouvir estes CD's, talvez seja o Hardcore, estilo que nunca simpatizei, intelectual ou não... lembra de alguma forma os checos
Už Jsme Doma, não pelo som mas pela vontade de misturar tudo, será uma anomalia espacial-sonora daqueles lados?
Há alguns extras nos CD's: no primeiro caso uma gravação de 1986 (completamente Hardcore), no segundo caso duas músicas usadas numa peça de Dança, em 1996, em que quase só há violino e a precisão do Neo-Clássico, como se um longo
outro fosse.
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