sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Apodrecendo no planeta Terra...




A ida ao Hei joe deu nisto: um CD de 56 minutos "dronistas" (desculpem, queria dizer e-drugistas) e psicadélicos (inevitávelmente) cuja a figura de proa é nada mais nada menos o Sonic Boom (Spacemen 3, Spectrum) acompanhado por outros cromos: Kevin Martin (na altura God, mais tarde Techno Animal, hoje The Bug - o artista da década!), Kevin Shields (My Bloody Valentine) e Eddie Prevost (dos seminais A.M.M.).
De alguma forma estamos naquilo que se convencionou chamar o "som do espaço" - mesmo quando sabemos que no Espaço não há som - ou seja, neste caso o modus operandi é o uso de orgãos e feedbacks de guitarras a emularem um futuro cósmico inventado pelos chips torturados da banda sonora do filme Forbidden Planet (1956) num Eterno Retorno fajuto nas suas quatro faixas que variam entre os 7 e os 20 minutos. Mas não damos por elas nem queremos saber se tem uma ordem porque ficamos hipnotizados a ouvir esta porra - com drogitas aposto que deve ser um mimo, deve mesmo dar vontade de morrer numa overdose-eutanásia-simpática com o cerebelo a sair no corpinho e a expandir-se pró grande-irmão-universo-deus-blá-blá. Um bófia marciano isola o local do sinistro e diz para o público curioso: "vão se embora, não há aqui nada para ver!"

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