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Passo a vida a queixar-me que há poucos livros portugueses sobre música e no entanto é como as Bruxas, não acredito nelas, mas que existem, existem! Descobri recentemente este aglomerado de entrevistas a cromos como
Leonard Cohen, Tom Waits (maravilhosos conversadores!),
John Cale, David Bowie (sempre espertinho),
David Byrne, Laurie Anderson, Robert Wyatt e a princesa (na altura, hoje Raínha) islandesa
Björk. Escreve Lisboa que
a gaja dos Sonic 'tava armada em parva ou em punk (porque sempre foi, punk! Nada parva!!!) e não tava numa de lhe responder (imagino ela a topar o ar de beto de Lisboa, crítico do
Expresso) mas está boa a entrevista. Rende! Lisboa faz boas perguntas, os textos estão bem encaminhados - não segue uma cronologia mas temas que se vão desenvolvendo ao longo das diferentes personalidades. É um testemunho de uma era que já lá foi, passam-se boas horas de nostalgia e há poucas descobertas para quem tenha andado por ali nos anos 80 e 90, sobretudo na faceta mais burguesa, como é óbvio Lisboa nunca irá perceber Ministry, por exemplo. Sonic Youth já é um pau barulhento para ele e o público do semanário dos cotas - o
Expresso era dos cotas na altura e ainda o é, claro.
Sem comentários em relação à capa mais chata do mundo!! Sempre ouvi falar na ignorância gráfica de quem escreve sobre música, e Lisboa não deverá ter culpa das escolhas da editora mas isto é quase tão grave como a do
Baton!
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