quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

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Gnu : "Quem tem pressa come cru" (Skinpin)
Norman (Skinpin)
Bizarra Locomotiva : "Álbum Negro" (Raging Planet)
Sektor 304 : "Soul Cleansing" (Malignant)
Expeão : "Maskhara : reconstructed versions" (Faca Monstro + Banzé)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Plastic Bono Band


Super Furry Animals x2 [Guerrilla / Rings Around the World] (Sony & BMG; 2007)
Não os conheci nem sei se estava melhor assim. Apanhei-os em dose dupla numa estranha edição que reunia dois álbuns, Guerrilla de 1999 e o outro de 2001. Uma edição tão barata como esta banda británica que tem um sabor plástico e artificial. Não são mau de todo e seria injusto fechá-los num saco de "britpop" psicadélico porque os rapazes passam-se de quando em quando - há faixas que se transformam em Techno xunga ou em pseudo-Metal, há malhas Hip Hop, há Country disfarçado, namoros a Beach Boys e várias outras testemunhas da biodiversidade Pop. Mas apesar de arriscarem aqui e acolá, há sempre uma média manhosa Pop que nivela as emoções dos discos. Não que seja pior que Blur, Radiohead ou Flaming Lips mas ao contrário destas outras bandas, os SFA parecem ter sintéticos e corantes & conservantes e no final se há bons momentos Pop, esses momentos são para criaturas de filme 3D - oiçam o Juxtapozed to you e só se pode pensar em Amor com bonecas insufláveis mesmo que o tema seja sobre o aumento das rendas de habitação, será por causa de isso que as ilustrações manhosas de Peter Fowler são sempre usadas nas capas?
Vai haver Feira Laica este fim-de-semana, com muita edição alternativa e também livros e discos em segunda mão a preços fixes. O que acham que vai acontecer a esta edição?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ambrósio


Os filmes do Janus (autor d'O Macaco Tozé) continuam a contar estórias macacas do Puorto-caraguuu como mais ninguém é capaz de contar. É pena o grafismo 3D... mas para o ano há um novo (velho) livro de Janus a sair pela MMMNNNRRRG!

sábado, 28 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

I wanna vocoder you (you already know)


Factor Activo : em directo do fim do mundo (Loop Recordings; 2004)
Malhavoc : The Release (Epidemic / Metalblade / Devotion; 1992)

O que liga isto tudo? Akon incluido (ver vídeo abaixo). Pouca coisa ou quase nada... Na mesma semana que oiço o Akon - uma experiência inacreditável sobretudo quando não se pode fugir - vieram-me parar às mãos dois CD's que também usam efeitos nas vozes mas com muito menos razões de vergonha que o Akon. Talvez em comum haja este ponto, todos eles são esquecidos da História (pelo menos espero que Akon venha a ser esquecido).
O primeiro caso é dos poucos casos em que o Hip Hop português deveria ter orgulho tal é a qualidade instrumental da banda que usa a Electrónica para fazer Hip Hop quente e texturado, ao contrário da falta de originalidade instrumental portuguesa (excepção para os MatoZoo, Nerve e pouco mais). Vindos da Covilhã é natural que tenham sido injustamente reconhecidos por mais que o Rui Miguel Abreu (editor da extinta Loop e jornalista) deva ter mexido os cordeis da sua influência na imprensa (há boas críticas em jornais e sites ao disco). As letras falam da vida no interior do país, seja lá o que isso quer dizer nos dias de hoje, e ainda tem o cliché "do interior" de um rap em francês (sigam este pensamento: interior -> emigração -> França) mas todo o disco tem "more than meets the eye". Vale a pena investigar mesmo que a banda parece ter desaparecido depois de gravar o primeiro álbum passado 14 anos de existência. Dizia noutro dia ao Dr. Fom Fom que em Portugal não há o famoso "difícil segundo álbum" como nos países civilizados, cá é mesmo o "díficil primeiro álbum" que geralmente gera no final da banda e pouco mais.
Os Malhavoc (que soa muito foneticamente em português: "malha-voc") tal como várias bandas do Canadá (NoMeansNo, Voivod, Skinny Puppy, por exemplo) é estranha, como explicar melhor? Há qualquer coisa nas bandas canadianas que soa sempre a bizarro, ao mesmo tempo que são tão funcionais como o seus vizinhos dos EUA mas sempre com algo de errático no "programa", geralmente orelhuda mas sem ser linear. No caso dos Malhavoc sendo seminal no Metal Industrial, ao lado dos Ministry e Godflesh, mistura guitarras Trash/ Death com ritmos electrónicos e Hip Hop com vocalizações distorcidas e samples de mass-media, talvez nada de novo e nada que valha mistificar numa resenha crítica. Pode ser algo pessoal (não necessáriamente nostálgico) ou pelo facto desta versão em CD incluir dois álbuns da banda The Release e Punishments em que há temas que se repetem com misturas que confundem a memória. De resto, o projecto acabou por ir perdendo membros e presença dos meados aos finais dos anos 90, investindo cada vez mais em Electrónica. No myspace - gerido pelo fundador e vocalista da banda, James Cavalluzzo (cavalo luso?) - dá para ouvir uma excelente versão de Human Fly (dos Cramps).
Boa sorte para quem for ver isto:


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nem 8 nem 80


Pan Sonic vs Haino Kenji : Shall I download a blackhole and offer it to you / Live in Berlin 15.11.2007 (Blast First Petite; 2009)
Teemu Elon Puhuvat Eläimet : Hämmästyttävät Puhuvat Eläimet (Helmi Levyt; 2008)
O autor de bd e poeta Jyrki Heikkinen gostou tanto do CD do Kenji Siratori que lhe arranjei que me enviou dois CD's da zona da Finlândia em que vive. Um exagero latino de generosidade que lhe agradeço apesar das várias e repetidas audições terem se mostrado pouco enriquecedoras.
O primeiro disco é javardeira Noise, que se calhar ao vivo terá sido uma performance brutal não fossem os interveniente uns monstros do som, de um lado os finlandeses Pan Sonic, cromos de electrónica extrema e do outro o japonês Haino Kenji. É o último que ganha o combate sendo ele omnipresente com gritos das trevas e guitarra barulhenta (muito muito barulhenta). Em disco, é apenas um disco desconexo e irritante em que nem se quer se ouve os Pan Sonic. Acontece muitas vezes os encontros das montanhas parirem ratos...
O segundo disco a banda chama-se algo como "Os animais falantes de Teemu Elo (Timóteo Vida)" e se isto já parece complicado devo dizer que as letras (não estão escritas nem traduzidas no disco) são escritas acompanhadas com crianças, fazendo desta banda uma espécie de "conto de fadas espacial" ou "psicadelismo de crianças". A parte instrumental é mais ou menos convencional nos terrenos pantanosos do Prog Rock e do Psicadelismo, que tem uma enorme tradição e fragmentação na Finlândia. Infelizmente estamos mais para os lados da tradição. Gosto sobretudo da capa (e desdobragens) da artista Venla Martikainen que só vem provar que na Finlândia não é só na bd que se gosta de cores garridas.

domingo, 15 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Regards from Laibach (-1)


Andrej Šifrer : Od šanka do šanka (RTV Ljubjana; 1979)
Pomaranča : Peklenska Pomaranča / Heavy Metal Shock (RTB; 1981)
Não se pode ganhar sempre e no caso das compras vinílicas na Laibach-lândia foram péssimas. O primeiro é um cantor Pop, estilo agrada todos de tão melódico que é com incursões ao Country FM - a música mais óbvia Kolorado acho que fala em bd (desculpem a cromaria!). A capa até prometia, com uns velhos a darem no acordeão no meio da rua, podia até ser horrível para os eslovenos mas giro para ouvidos não-eslovenos. Erro! E sem remédio... 
Já os Laranja (é o que quer dizer em esloveno Pomaranca) é das primeiras bandas da ex-Jugoslavia de Heavy Metal, e quando digo Heavy Metal é mesmo daquele clássico tipo Deep Purple, Judas Priest (os rapazes estão todos de coiro e picos na foto da contra-capa) ou ainda na onda da New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.). Já esperava xungaria e a capa não enganava: uma laranja que dispara um raio lazer e provoca um cogumelo atómico não podia ser melhor que algumas divertidas compras que fiz no passado. Sem remédio mas não foi um erro... agora só tenho de encontrar um metaleiro que queira ouvir os estridentes vocais em esloveno, até porque a parte instrumental e produção parecem estar ao nível anglo-saxónico, pergunto-me se em Portugal estariamos a este nível? Acho que não...  

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Regards from Laibach (0)


KK Null / John Wiese : Mondo Paradoxa (Aufabwegen; 2007)

A discussão já vai "longa" e "distante" de que valor e significado poderá ter o Noise nos dias de hoje... Uma verdade poderá ser que só um "nerd" poderá distinguir o que faz o quê num caso como este disco em que se junta dois cromos importantes como KK Null (também conhecido pela excelente banda Zeni Geva - lê-se Zeni "Geba", corrigiu-me o sr. Null depois do concerto no Menza - e John Wiese, que colaborou com os mais-que-fodidos Man is The Bastard e Bastard Noise. Quem fez o quê? Trocaram ficheiros pela 'net - nada de novo, ver Nevermet Ensemble - e Null produziu numa projecção sonora super-"clean", paradoxalmente para algo "noise". O resultado é um disco de (con)trastes digitais que tanto vão ao feedback mais branco, ao Techno Transe, aos glitches'n'bitches numa viagem nem sempre linear e sim cheia de paradoxos sem resolução de quem trocou ficheiros enquanto lavava a louça e preenchia o formulario de IRS em linha.
Se o Dr. Gama ainda ler este blogue, espero que tenha algo para trocar por este CD...

Super Zine Soup


O Super Fight II ( ESGOTADO!!!!) aparece na edição Zine Soup!
- André Lemos dixit

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Porque não morreu antes o António Sala ou o António Freitas!?

Graças a ele ouvi pela primeira vez Morbid Angel, Ministry, Miranda Sex Garden, Naked City, Optimum Wound Profile (acho porque aquela voz de nicotina não permitia perceber bem o que dizia ou então eu já estava com sono quando ouvia os seus programas) entre outros que não me recordo ou não registei em k7's gravadas entre a meia-noite e as duas da manhã.

Alá é mesmo estúpido!

Juventude Neo-Salazarista

domingo, 1 de novembro de 2009

Regards from Laibach (1)


Num estúdio de serigrafia, lá estava um fotolito de um cartaz dos Laibach, a grande banda eslovena que sempre provocou meio-mundo a começar pelo nome que significa Ljubjana em alemão - durante a ocupação nazi.
O desenho do proletário é originalmente uma gravura feita pelo pai do baterista.
Era Quinta-Feira de manhã, chovia a potes e este fotolito não deixava dúvidas que este era o meu primeiro dia na "Laibachland"!

sábado, 31 de outubro de 2009

Regards from Laibach (2)


Nunca tive tanta coisa no corpo... Sexta-feira à noite tinha o carimbo do clube Menza (foto 1), Channel Zero (2) e um desenho (3) para me lembrar de oferecer o CD do Kenji Siratori para o Jyrki Heikkinen, falei-lhe do trabalho do japonês e disse que ele ia gostar do CD. Esta semana Jyrki enviou-me um e-mail a dizer que adorou o CD, que foi das melhores coisas que ouviu nos últimos tempos! 
Geralmente faço uma cruz na mão esquerda para lembrar de coisas importantes, deste vez fiz o símbolo dos Red Hot Chilli Peppers? Já devia estar bêbado... Resta dizer que nunca pensei em fazer tatuagens mas se fizesse seria uma pelo Igor Hofbauer, que fez o desenho do carimbo do Menza...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Regards from Laibach (3)


O finlandês Jyrki Heikkinen começa devagarinho e acaba em "party animal" perdendo os objectos pelo caminho. Em Ljubjana a grande noite da semana é Sexta-Feira e Jyrki perdeu o seu casaco. No Sábado de manhã, a caminho das grutas de Skocjanske Jame, já deixava a sua mochila que passou de um carro para o do Gasper Rus e Jakob Klemencic (no lugar do morto) - esta foto foi quando eu lhe devolvi a mochila em tom de partida. Jyrki já nos visitou, no Salão Lisboa 2005, um autor singular que faez bd quando era novo, desistiu preferindo uma carreira de Poesia, tendo voltado à bd há uns 10 anos. Num país que tem tantos bons autores de bd, seria óbvio dizer que é um dos meus favoritos, por isso pelo menos está no Top 10!
AH! o homem tem finalmente uma página decente: jyrkiheikkinen.com

De entrada para as grutas com guias que falavam inglês e italiano, à minha frente o Jakob e o Gasper.

Uma foto com o romeno Matei Branea, grande companheiro de turismo humorístico... várias vezes o guia chamo-nos atenção de estarmos sempre atrasados do grupo!

Photoshopada inútil de tentar apanhar a beleza do sítio com um "shot" de 15 fotos seguidas do tlm. É melhor ir ao link do sítio para ver boas fotografias.
Foi uma bela visita sem dúvida, as entranhas da Eslovénia são recomendáveis, imagino que os topos das montanhas também mas isso já é outro campeonato. Parece que há outras grutas que tem um comboiozinho para visitá-las mas deve ser mais doloroso ir com criancinhas e outros animais domésticos...

Eh!? Capacete azul gigante da NATO... Nem perguntei o que era de tão constrangedor kitsch que é...


Almoço: carne de urso... só é extravagante por ser o bicho que é, de resto, é uma carne monótona, ou então a Santíssima Trindade (Vaca - Porco - Galinha) já moldou o meu paladar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Regards from Laibach (4)


Não, Igor Hofbauer, autor do excelente Prison Stories, e namorada não olham para o Defunto Presidente Tito, quadro no Clube Menza, retrato saudosista em que a orelha é deveras estranha. Hofbauer encontra-se numa residência artística neste clube - o grafismo do site é dele como dá bem para perceber - e estivemos juntos num concerto do "japanoise meister" KK Null (já editado em Portugal pela Thisco). É mais um clube na Metelkova, eis quartel militar "okupado" e transformado em histeria cultural alternativa.
Na noite anterior noutro clube, vi o The Publicist, baterista que tocou com os Trans Am, agora a solo a fazer um Techno Analógico. Fixe para dançar mas acabou mal com problemas de som... O concerto de KK Null (também conhecido pela poderosa banda Zeni Geva) não foi muito agressivo, o som estava baixo! Não há "Barulho" assim...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Regards from Laibach (5)



Moveknowledgement : Listen to Nebukadnezar (Kapa; 2007)
Žoambo Žoet Workestrao : Svakoga dana u svakom pogledu sve manje nazadujem (Manufracture; 2004)

De alguma devo ter acertado no alvo - péssima piada se tivermos perto das Balcãs - mas parece que as minhas outras aquisições musicais na Eslovénia foram parar à Fusão e Pós-Hardcore, o tal "pós-pós-neo-neo" dos 2 2 2 7 (ver "post" abaixo).
Não sei como se lê o Z com o chapelinho ao contrário mas para simplificar vamos chamá-los de ZZW (que na verdade quer dizer "Pelas Tempestades do Aborrecimento"), eslovenos com carreira vinda dos anos 90, Hardcore de raiz para chegar a composições Free em que vale tudo fragmentado. Já não se ouve Hardcore, a voz desapareceu (excepto num momento ou outro), por defeito do uso de saxofone e clarinete podíamos chamar de Jazzcore, porque não? O que me chateia nestes tipos e nos 2 2 2 7 e muitas outras é o excesso de nervosismo que transmitem com a vontade de mostrar que são muito virtuosos pecam pelo excesso de rupturas e mudanças, quase nunca dando tempo para respirar e apreciar algo. Ou para dizer a verdade, o que irrita é que já se ouve disto à muito tempo tendo como Joía da Coroa o álbum homónimo dos Naked City. Ainda assim devo guardar este CD porque a capa, aliás, todo o grafismo foi feito pelo croata Igor Hofbauer, alías foi por isso que o peguei. A tradução do título do álbum é «Todos os dias em todos sentidos arrependo-me menos»... não sei se concordo mas a cada audição vai melhorando...
Já os Moveknowledgement são o cruzamento pan-génetico de Parliament, Primus, Sofa Surfers e LCD Soundsystem, com toda a vantagem tec(h)nológica dos últimos. O som é puro e psicadélico para uma má "trip". A voz será a coisa mais fraca do conjunto mas não agride nem é fanhosa... Uma fusão deste milénio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Regards from Laibach (6)



2 2 2 7 : No brains no tumors ; Bi Bi Bi Sabi (Stripcore ; 1995, 1998)

Da visita à Eslovénia, Santa Terra dos Laibach, trouxe claro alguma música. Por lá há muito Punk, aliás, por toda a ex-Jugoslávia. No último dia lá me lembrei de pedir à Katerina, chefona do colectivo Stripcore - que foram embaixadores da bd da Europa de Leste nos anos 90 através da revista Stripburger e várias antologias, aliás, a viagem deveu-se a uma delas - mas dizia que pedi à chefona por discos deles nos tempos que eles também estavam metidos na cena musical. O que me veio parar forma estes 2 2 2 7, grupo que soa na sua forma mais tradicional ao "Hardcore intelectual" dos Fugazi ou NoMeansNo mas que depois parte para tantos estilos quase impossíveis de citá-los todos, até porque para começar são acompanhados sempre por um violino. Sempre não, a partir do segundo álbum (No brains no tumors) até ao fim (depois de Bi Bi Bi Sabi) é que passam a ter um violinista com formação académica.
É um som dramático e angustiante que se desenvolve, um bocado como algum punk-klezmer que se ouviu nos anos 90 e que ainda contorna o Jazz, Dub, Funk e música oriental. E se 70% das músicas eram cantadas em inglês, em Bi Bi Bi Sabi entram num Babel com línguas "daqueles lados" (sérvio-croata, eslovena,...) e inglês. Apesar do "pós-pós-neo-neo" há algo que me cansa a ouvir estes CD's, talvez seja o Hardcore, estilo que nunca simpatizei, intelectual ou não... lembra de alguma forma os checos Už Jsme Doma, não pelo som mas pela vontade de misturar tudo, será uma anomalia espacial-sonora daqueles lados?
Há alguns extras nos CD's: no primeiro caso uma gravação de 1986 (completamente Hardcore), no segundo caso duas músicas usadas numa peça de Dança, em 1996, em que quase só há violino e a precisão do Neo-Clássico, como se um longo outro fosse.

à venda no site da Chili Com Carne - oferta da versão k7 de Bi Bi Bi Sabi ao primeiro comprador!

sábado, 24 de outubro de 2009

KK Null na Mesa

KK Null no Club Menza - vi este concerto, sim senhora!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

sofrimento nº1



Om Kalsoum : Anta fenn wel hob fenn (Sono Cairo; 1989)
Ela era egípcia. Ela é respeitada por árabes e israelitas. Ela é Om Kalsoum (1904-1975). Ela é a Ámalia do Falafel. Ela é a voz do Amor e Desgosto do Oriente. Quando morreu 4 milhões apareceram no seu funeral e cada um pegou no seu caixão, demorando três horas até enterrá-la na mesquita, numa derradeira performance quase tão longa como os seus concertos normais de seis horas em que cantava apenas duas ou três canções.
Ouvi falar dela pela primeira vez em 1993, pela boca do Joe Sacco (autor de Palestina e Safe Area Gorazde), na sua visita ao saudoso Salão de BD do Porto. Entretanto esqueci-me do nome e não havia 'net naqueles tempos. Só recentemente é que revi o nome dela num jornal e bateu-me a curiosidade.
Imagino que a discografia dela será um caos para qualquer ocidental. Para já porque ela deve ter gravado centenas de discos, depois a maior parte da edição e informação está em línguas e caractéres pouco acessíveis para os ocidentais, e claro, sendo daquelas bandas, a pirataria deve abundar sem controlo, fazendo por exemplo que as capas não signifiquem muito (por exemplo, neste caso, fartei-me de ver esta a fotografia dela com efeitos gráficos diferentes para dezenas de discos diferentes). Mas a 'net é amiga e pelo que percebi este tema foi gravado em 1960, e a letra diz algo como «O que é o Amor? (Onde estás tu e onde o amor?)» e foi escrita por Abeldwahab Mohamed. A música é composta por Balig Hamdi, o CD tem cerca de 50m, sempre com Kalsoum a cantar sobre uma orquestra "oriental-lounge" em que repete ad nauseam a letra, técnica dela em que cada frase repetida é sempre cantada de forma diferente com nuances emotivas. Há partes deste "concerto-disco" que ela canta como se tivesse a ser destroçada, a multidão manipulada delira, o ouvinte chora e ela é elevada à Glória, por Alá!
Troquei o CD por uns álbuns de bd do Moebius - acho que ele não se importa.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

inimigo nº1

Public Enemy : Yo! Bum Rush the Show (Def Jam; 1987)

Este CD foi trocado por álbuns de bd do Astérix e Tintim mas é neste CD que os Public Enemy referem ao Princípe Submarino Namor e o deus nórdico Thor (super-heróis da Marvel, pá!). É na faixa Raise the roof, já agora...
Este é o primeiro álbum dos PE, para muitos não tão bom como o mítico e imortal It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back (lançado um ano depois) mas está aqui o "template" da banda, seminal que irá percorrer até aos dias de hoje, críticas ferozes ao sistema norte-americano sob a pespectiva negra, "samplers" ruídosos e atonais (de origem "branca"), funk para o desastre e acidente mortal, Chuck D e Flavor-Flav omnipotentes, tensão pré-milenar antes da histeria e ainda "Headbagging" para os metaleiros. Como é possível trocar isto por Asterixes???

domingo, 11 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Combo


depois disto a nova aventura de Blu...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Invisual e anormal

Passado ainda estas semanas todas ainda não sei o que aconteceu com a última emissão do Invisual mas devo ter feito algo de errado ou nem se quer gravei o ficheiro de forma correcta... Por isso o "podcast" foi eliminado, sorry... A emissão até pareceu que correu bem com a ajuda do amigo mini-megafone (uma contradição: mini-mega?) e com bom Dub/ Noise por todo o lado.
Mas o pior é que a emissão da semana anterior também teve problemas (desta vez foram os servidores da Rádio Zero) e tinha anunciado um concurso do tipo: os primeiros cinco ouvintes que me enviassem um e-mail gravaria-lhes uma k7 com as minhas músicas predilectas.
Bom... só ((((h)))ouve uma pessoa a responder até agora - não sei se por que só há uma ouvinte ou se por causa dos problemas técnicos das últimas duas emissões mas o certo é que não houve mais respostas. Por isso a grande e única vencedora é a So What Saloon (que Fede a Naftalina) a quem lhe roubei esta "ilustração-invisualita" e a quem estou em dívida magnética - a pagar em breve porque só falta fazer a capa.
Caramba! A única vez que faço um concurso e só acontece problemas parvos, o Invisual não quer ser mesmo divulgado, o Invisual é um Anormal!!!
Até Outubro para a terceira temporada...
PS - entretanto apareceu um segundo ouvinte, o Tiago Soares, que me escreveu «Mas não faço patavina de qual foi a banda mais passada.. tenho direito a k7?». Tinha-me esquecido deste pormenor, também havia uma pergunta no programa que era "qual a banda que mais rodou no Invisual?" (para dizer também não sei mas desconfio que sejam os Lobster). Bom... vou-lhe gravar uma k7 também porque sou um coração-de-manteiga!

domingo, 27 de setembro de 2009

Férias na Picha


Umas férias que acabaram, o retorno às tiras de discos e ao Invisual deve acontecer em Outubro. Entretanto bom, a minha relação com a genitalia foi forte, passei pela Venda da Gaita e pela Picha, terras vizinhas diga-se. Mais tarde algures no Oeste português, não resisti a tirar uma foto de uma peça de teatro que deve ser tão boa como a qualidade da foto. Também houve crica... e acho que estou enojado já destas piadas todas! Que Alá que nos salve do excesso do sexo!

Cereais CriCa


Depois do vídeo, os cereais? Onde isto irá parar!?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

No you can't!

Quando foi isto? em Julho, é isso! apanhei o programa da Musicbox com a minha capa derrotista no Museu de Arte Antiga, iá, sítio que deve mesmo apanhar o público-alvo de uma casa de Pop / Rock - faz toooooodo o sentido!
Claro que fiquei orgulhoso de ver o meu trabalho a circular por aí...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

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se for verdade escolho a Tajine 501, blind date da Mesquita de Lisboa, Domingo às 15h. Que Alá aproxime os nossos corações!

domingo, 30 de agosto de 2009

Te gusta lo Noizé, tio?


Puke Eaters : Hello Valhalla (Lal Lal Lal + Skulls of Heaven; 2009)
Atomizador : Jarabe (Afeite al perro; 2009)

O Merzbow é que dizia que a música dele não era Noise, a Madonna a berrar o dia inteiro em todos os mediuns (rádio, tv, etc...) é que é barulho. E desta forma explicada faz todo o sentido porque apareceu o Noise sobretudo em sociedades mais industrializadas como o Japão, EUA e Inglaterra. O que se calhar que ninguém estivesse à espera era uma enchente global, completamente invisivel nos meios tradicionais de comunicação, feita de gravações e concertos de "não-música" ou "experimentalismo" ou Noise por todo o lado. Geralmente gravados em CD-R's ou K7's com capas feitas à mão. Eis o artesanato urbano da sociedade hiper-informatizada do século XXI?
Escutar o Atomizador (de Espanha) é como ouvir o Merzbow em lo-fi mas a capa em serigrafia é fixe. O formato da embalagem em single desaponta depois de ver que afinal trata-se de um CD-R - «que cabrone este tio!» hehehe 
Escutar os Puke Eaters da Finlândia - que por acaso são editados em LP vinil todo profissional com uma bela capa diga-se! - é como ter um vizinho a fazer um bric-a-brac idiota às 4 da manhã, e já agora, no lado B ouve-se gatos a miar - o que fez com que as minhas gatas ficassem curiosas sobre as colunas do gira-discos. Estou a ficar velho para isto ou o mongolismo chegou ao exponente máximo? 
A Madonna continua a editar discos, não os oiço porque não tenho TV nem escuto rádio,... Ainda preciso de Noise? 
Não é que me queixe do barulho, é só porque é díficil encontrar um universo humano no meio disto tudo, ficando no ar aquela sensação que quem critica tanto a industrialização da humanidade ou a desumanização dos gostos culturais acaba por trabalhar na mesma direcção. As minhas gatas não conseguem dormir quando ponho estes discos. Porque quero eu incomodar os meus vizinhos? 
Vou ouvir antes os Transvision Vamp, ao menos a Wendy James parece uma pessoa... tonta... mas uma pessoa.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Invisual guestlist 2

Na segunda temporada do programa de rádio INVISUAL voltarão os convidados "promíscuos da bd e da música", alguns repetidos outros novos:
2.2 - autor de bd e escritor David Soares (29.10.08)
4.2 - Sara Figueiredo Costa do blogue Beco das Imagens (12.11.08)
6.2 - Mário Freitas da loja Kingpin-of-Comics (26.11.08)
7.2 - José Feitor (03.12.08)
8.2 - Directo do Furacão Mitra com Mike Diana, Gonçalo Pena, Filipe Abranches, Mulher Bala e Manuel João Vieira (10.12.08)
9.2 - Directo do Furacão Mitra com Mike Diana (17.12.08)
10.2 - Margarida Borges do colectivo Hülülülü e que fez esta ilustração (24.12.08)
11.2 - João Maio Pinto (31.12.08)
12.2 - João Fazenda (07.01.09)
13.2 - Pedro Silva da loja BdMania (14.01.09)
14.2 - João Chambel (21.01.09)
17.2 - Mau Amor da editora Groovie Records (25.02.09)
19.2 - Luís Henriques (11.03.09)
21.2 - João Chambel (25.03.09)
24.2 - Afonso Cortez-Pinto (15.04.09)
28.2 - Filipe Abranches (27.05.09)
31.2 - Tommi Musturi do Kuti Kuti (24.06.09)
33.2 - Pedro Brito (08.07.09)
36.2 - Afonso Ferreira (29.07.09)
38.2 - José Lopes (12.08.09)

Invisual 40.2 || RÁDIO ZERO

Esta Quarta, às 20h vai para o "ar-virtual", cortesia da famosa Rádio Zero, a 40ª e última emissão da "segunda temporada" do Invisual, um programa que pretende divulgar as promíscuas relações entre a banda desenhada e a música. Produzido por Marcos Farrajota, este programa terá as habituais pérolas e novidades ligadas à bd e música.