sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

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- Olivia Gazalé : Le Mythe de la Virilité (Robert Laffont; 2019)

- Adam Curtis: Can't Get You Out Of My Mind (BBC)

- Olivier Schrauwen : Sunday part 3, 4 (Colorama)

- Frans Masereel : La Ville (Martin Halleux; 2019 - orig. 1925)

- Philip K. Dick : Os Olhos do Céu (Panorama; 1957) + A Máquina Preservadora (Livros do Brasil; 1989-90)

- Carlos da Fonseca : Para uma análise do Movimento Libertário e da sua História (Antígona; 1988)

- Frantz Fanon : Pele Negra, Máscaras Brancas (Letra Livre; 2017 - orig. 1952)

- Yeong-shin Ma : Moms (Drawn & Quarterly; 2020) 

- José Feitor: Fosso #1 + Tumulto (Imprensa Canalha)

- Asghar Farhadi : À procura de Elly  (2009)

- John Berger : Ways of Seeing (BBC; 1972)

- Stan Neumann : Le temps des ouvriers / O tempo dos operários (Les Filmes D'ici; 2019)

- André Lemos: Dekomikonstrutivismus (Opuntia Books)

- Luigi Comencini : Lo Scopone Scientifico (1972)

- Jules Renard : O Pendura (Assírio & Alvim; 2009 - orig.: 1892)

- Akira Kurosawa : Rashomon - Às portas do Inferno (1951) + Yojimbo (1961)

- Jafar Panahi : 3 Rostos / 3 Faces (2018)

- Edward Abbey : O Gangue da Chave-Inglesa (Antígona; 2019 - orig. 1975)

- Tom Dissevelt & Kid Baltan : Song of the Second Moon (Fifth Dimension; 2015 - orig. 1962)

- Metadevice : Turba + Atomization (New Approach)

Feliz 2022

 



A Discrepant Records é uma editora que atacou por todos os lados em "músicas atípicas" muito à semelhança do que é a Sublime Frequencies. O seu responsável é português que vive entre paraísos fiscais e a capital do império Londres. Sei lá, foi o que percebi...  rumores. A verdade é que captou nos últimos anos quase todos os músicos portugueses de foro experimental ou out, tipo Filipe Felizardo ou Von Calhau, ao mesmo tempo que apresenta sons de mundos exóticos para nós eurocêntricos ou colagistas  sonoros como People Like Us ou ainda novas músicas do mundo não-ocidentalcrata como estes Praed com Fabrication of Silver Dreams (2017) e Rizan Said com King of Keyboard ((2016) ambos parcerias com a editora libanesa Annihaya.

Praed não é coisa fácil de ouvir quando estão em modo de Jazz mas este é um álbum psico-étnico acessível a qualquer cidadão do mundo que não se quer irritar com música. Pegam na música tradicional árabe Shaabi fundem Space Jazz (seja lá o que isso quer dizer) e algum Noise para inglês ver, o que dá para agradar gregos e troianos, acho. Agradável prá trip hipnagógica de sofá porque tem profundidade temporal. Há algo de Maurice Louca mas sem drama. A capa não é prateada, é o efeito da luz no plástico que a faz assim, é mais sonhos de alumínio.

Said é o braço esquerdo do sírio Omar Souleyman - o direito serão os poetas que se segredam as líricas ao ouvido? - e que metralha nos seus concertos o techno-allah mais pujante prá dança sem travões. Este disco é isso mesmo, Said a curtir a sua sem a voz do Souleyman. Tão simples como isso sem ser simplista porque estamos perante uma verdadeira demonstração de virtuosismo no orgão (ehm...) tal como o outro cromo dos E.E.K. A festa de ano novo já 'tá programada em casa com estes LPs todos, só falta mandar vir  as dlogas pela Getir!