terça-feira, 30 de abril de 2013

Zines luso-brasileiros na Livraria Sá da Costa


Novos números dos zines Prego e Mesinha de Cabeceira: no Prego que é um especial "Drogas" participam vários autores brasileiros e os portugueses Marcos Farrajota e Rudolfo - cada um deles desenha o argumento do outro; no Mesinha de Cabeceira participam Dr. Uránio, Marcos Farrajota e o francês Davi Bartex.

#25


Edição MMMNNNRRRG
Capa de Dr. Uránio
BDs de Marcos Farrajota e Davi Bartex (França). 
Design: Joana Pires
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Este novo Mesinha de Cabeceira, que ainda recentmente comemorou 20 anos de existência, faz uma continução da fórmula do número anterior, desta vez com Farrajota a duplicar as páginas para contar histórias sobre apartamentos e instituições públicas de Lisboa, ou melhor sobre os seus abandonos e decadências. Este é segundo capítulo do "Desobediência é um artigo de colecção", trabalho de Farrajota desenvolvido numa residência artística na Finlândia. O convidado Bartex é francês, tendo residido em Lisboa durante algum tempos nos príncipios do milénio tendo feito esta BD que andou perdida uns 10 anos. Bartex é conhecido pelos seus encantadores e monstruosos trabalhos de animação de rua - e também andou nas míticas tournês de barco feita dos Mano Negra pelas costas africanas e sul-americanas.
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à venda na loja online da CCC e na Matéria Prima e talvez em mais alguma realmente boa loja...
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Edição limitada de 333 exemplares.
Pode ser lido na íntegra aqui.


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Feedback:

Não és o mestre do desenho...longe disso... mas em construção de BD, paginação, argumento (vivido ou não), como contar uma história, muitas vezes divertida (uf...tanta falta faz por aqui neste país) como a vida aliás, consegues mais uma vez chegar lá.... ao teu destino, que acho que é o de muitos nós... 
André Lemos 

não conhecia esse teu talento de contador de história. deves ser o melhor banda-desenhista que conheço que pior desenha lol 
João Fonte Santa

Queria lhe apenas comunicar que adorei a Mesinha 24 e o especial no SWR. A única Mesinha que tinha lido antes tinha sido a #20 e julgava serem todas nesse estilo compilação que, embora ofereça muita variedade tenha por vezes qualidade ou interesse variável. Assim, foi com agradável surpresa que conheci a Mesinha na sua itineração (e espero não dizer nenhuma barbaridade pois neste meio da banda desenhada conheço bastante pouco) americana (sendo que me lembra o estilo pessoal e "neo"-realista de American Splendor e Joe Sacco; e novamente perdão se esta assunção fôr de algum modo insultuosa pois, como disse, conheço muito pouco...). (...) E ainda me deu a conhecer o fantástico trabalho do Doutor Urânio. Para um veterano, estas palavras serão porventura desnecessárias mas não queria deixar de agradecer o excelente trabalho feito até hoje e apoiar e encorajar o presente mais a mais nesta altura em que o futuro da produção cultural "indígena" está fortemente perigado. Os meus parabéns e muito obrigado! 
J.M. (de Coimbra) 

eu diria que são uma espécie de facebook analógico onde os amigos ausentes podem espreitar um poucochinho a tua biografia sempre em jeito de work-in-progress! Como a vidinha, de resto. Portanto, ler-te foi como reencontrar-te em retroactivo, mais ou menos. ;) 
Arlindo Horta (do saudoso fanzine O Moscardo

Detesto as montagens do gajo que faz as capas destes números do MC, acho que ficavas muito mais bem servido se usasses as capas interiores (os desenhos dos interiores de tua casa) como a capa/contracapa. A história da casa já tinha lido, o que não tinha visto ainda era a história da bedeteca. That's some sad shit. A sério, acho que apanhaste muito bem a sensação de desolação e tristeza de ver um projeto que gostas a desintegrar-se, sem entrares em retratos de dor interior. Gostei desse pudor. 

Porreira, a BD da casa fantasma, ligada à outra casa fantasma que é a Bedeteca! (...) pareceu-me lógico! :) e até vais buscar o escadote, a mesinha e a poltrona da casa fantasma!!!! :) 
Andreia Páscoa

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Malhete!



Amµnition_Planet Mu Records Mixed Sampler Album (Planet Mu; 2004)

Ok! É de 2004 e estamos em 2013... Mas é um disco fixe, caralho! Jungle revisitada, Breakcore-porque-sim, Gabba camuflada e outros estilos metidos em 80m compactos para festa diabólica em Berlim ou na República Checa - por cá já houve disto mas já kaput há muito tempo, infelizmente. Melhor que isto só mesmo The Bug! E The Bug não tem nada haver com isto...

terça-feira, 2 de abril de 2013

I want to ride my bicycle!



v/a : Project Bicycle (Ache; 2006)

Música e bicicletas, faz algum sentido? Claro que sim, faz tanto como skates e pizzas... Foi como uma forma de manifesto que a editora canadiense Ache convidou artistas do seu catálogo e mais alguns convidados internacionais - o mais conhecido será o Jason Forrest - para pegarem em "samplers" de sons de bicicleta (gravados e cedidos pela editora) para fazerem música com eles. No espírito "open source" esses  mesmos samples aparecem na última faixa do disco para quem ainda quiser pegar nos mesmo para brincar às misturas - como aconteceu com um disco de [f.e.v.e.r.].
Os temas criados na essência dividem-se em variações do Techno - Minimal, Micro-House,... - sempre com a presença do Glitch da máquina mecânica - a bicla - seja com das manipulações digitais. Quem pisa nas regras e se safa com isso, é o Forrest que sem pudor sampla também os Queen e o seu o glorioso tema Bicycle Race para nos dar um tema Disco-Breakcore no final do CD. Não há aqui radicalismos Noise ou de qualquer espécie, os exercícios que se praticam são amenos e os sons das buzinas e campaínhas lembram palhaços e circo... Um ponto negativo que mancha quase todos os esforços.
A capa é do Jelle Crama, uma razões de comprar o disco a um terço do preço na Matéria-Prima... Ou pensavam que comprei isto para ouvir enquanto lia o Pedal?