sexta-feira, 26 de abril de 2019

Prova dos Nove

Para provar a inabalável certeza deste texto vamos lá ver, estive recentemente na Feira de Metal de Almada e trouxe uma mão cheia de CDs, compras aleatórias de gajo que ainda curte discos a 10 paus ou mais.
Tomb of Finland adquiri pelo nome parvo associado ao grande fazedor e ícone de BD gay Tom of Finland, só por isso valia a pena pegar nele se Frozen Death (Target; 2018) não fosse dos discos mais chatos de Doom/Death do mundo, e de sempre! São finlandeses gordos, bem na vida sem nada para dizer a não ser banalidades, curtem a Morte? Olham suicidem-se agora em Abril que é a altura mais popular para essas acções na Escandinávia. Ainda por cima tive de esperar uma eternidade para que o vendedor soubesse o preço desta merda, além que foi o mais caro do lote que trouxe e ainda ouvi a boca "isto é Doom com onda Death mas não é para Hipsters!". Ou o CD é uma grande merda ou eu sou uma grande merda de hipster, o que me estou bem a cagar porque sei que irei vender isto no discogs.com e recuperar o meu guito... E foi o que aconteceu, uma semana depois foi para um grego com falta de bom gosto!

Felizmente trouxe dois CDs de Beherit que deixam qualquer um K.O. Engram (KVLT; 2016) é de 2009 e é o mais purista na forma, ou seja Black Metal. Desta banda finlandesa que volta a ser banda e não projecto de um músico só. Vamos lá ver, Beherit faz parte da segunda geração de Black Metal, digna de rivalidade com os broncos noruegueses mas que rapidamente se desfez ficando Nuclear Holocausto (voz, guitarras e sintetizadores da banda e sim é o pseudónimo de um músico), dizia, Nuclear Holocausto ficou sozinho a criar mais dois discos electrónicos de má onda ambiental. Engram é puxado para os ouvidos virgens de BM, Aqui e acolá ouve-se uns samplers de Ambient a completar a coisa, mas mostra de quem sabe sabe e que não é preciso mais gente neste subgénero de música. Electric Doom Synthesis (KVLT; 2017) já é outro campeonato, é dos tais discos electrónicos de (Dark) Ambient, de 1996, e parece mesmo música feita para festa do Santo Cabrão, sobretudo impressiona por ser dinâmico na sua estrutura, pouco dado a repetições e drones tão na moda do século XXI. Lembra Throbbing Gristle que tinha feito algo 20 anos antes, tudo bem, mas um metaleiro é um metaleiro e vice-versa. Álbum impressionante que deve ter posto muita gente a pensar no futuro da música e na ninfa loura com maminhas à mostra do livrinho do CD - em LP deve ser melhor, claro!

2 comentários:

Pastor Gaiteiro disse...

Banda incrivel em todos os sentidos. Até fiquei com uma lágrima no canto do olho.

https://www.youtube.com/watch?v=C0-v8ytWclE

MMMNNNRRRG disse...

um comentário num blogue! e neste!
até fiquei com uma lágrima no canto do olho!