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Não faço puto ideia, só sei que descobri isto a semana passada lá na Trem Azul e a edição já tem 5 anos de existência. São mini-ensaios sobre Jazz em jeito de telegrama onde se aprende mais sobre música que os livros de 500 páginas, sobretudo porque Barreto não se cinge apenas ao Jazz mas trata de todas as questões de pós-modernismo, multimedia e tecnologia. Apenas o último ensaio, Cognomes do Jazz, é um exercício de espetácularidade onanista para "nerds" do Jazz - em que Barreto separa os músicos de Jazz pelos seus nomes ou melhor as suas alcunhas que remetem para títulos nobiliárquicos (como Duke Ellington e Count Basie), os derivados do republicanismo (Prez, como era conhecido Lester Young), zoologismo (Gato Barbieri e Cat Anderson), botânica (Bean, isto é, Coleman Hawkins), toponímia (Philly Joe Jones), caracteriologia (Judge, como era apelidado Milt Hinton), religião (Turyaia - Alice Coltrane), familiarismo (Pops, i.e. Louis Armstrong), fisionomiologia (Fats Navarro), exotismo (Panama Francis) e tecnicismo (Joseph "tricky sam" Nanton)... Enfim, um gozo fútil bem enquadrado no selo em que foi publicado. Check it out!
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