Os Subhumans começaram nos anos 80 quando na Inglaterra o Punk ressacava a voragem dos Sex Pistols e preparava-se para criar os protótipos de "Punk-Biesta" com os Exploited e afins. Mas o Punk já tinha um anti-corpo contra a estupidez - o Anarko-Punk criado pelos Crass - que viria a ter uma explosão de outras bandas políticas e militantes DIY, como os Oi Polloi, Rudimentary Peni e estes Subhumans, que para além de serem bandas "engajadas" sempre preferiram esticar o som para longe dos clichés que o Punk Rock se transformou - especialmente a partir dos anos 90 com toda aquela merda melódica Hardcore e outras palhaçadas da Epitaph, Fat Wreck e "Greens Days".
Como acontece com as bandas underground - e também com as mainstream - acabaram e voltaram, regressaram primeiro para digressões e depois para gravar este disco poderoso e negro - como sempre os discos dos Subhumans foram - com letras inteligentes sobre o absurdo do consumismo e do Capitalismo. Muito "british indeed" (mas mais estranho é o facto dos norte-americanos Green Day cantarem com sotaque Cockney) soa bem, talvez até seja esse o problema: os velhos Punk aprenderam a tocar, hehehe... Aliás, uma das faixas tem 9 minutos e meio, Never-ending war song, e nem se quer cansa... estranho! Não podia deixar de chamar atenção que a capa é de Simon Ganes, um ilustrador e autor de bd "clássico" da cena Punk britânica.
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